"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de abril de 2015

OPORTUNISMO, OU OS RATOS ABANDONAM O NAVIO QUANDO A ÁGUA CHEGA NOS PORÕES

Marta Suplicy acusa PT de protagonista da corrupção e abandona partido.

Senadora Marta Suplicy (PT-SP)

(Estadão) Em carta em que pede sua desfiliação do PT, a senadora Marta Suplicy diz que o papel "protagonista" do PT no que chamou de "um dos maiores escândalos de corrupção" é a razão principal para deixar o partido que ajudou a fundar. A senadora destaca que é certo que "mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver sua direção nacional", afirmou, sem citar os desvios na Petrobrás e o ex-tesoureiro João Vaccari, preso na operação Lava Jato. 

Em documento protocolado na manhã desta terça-feira, 28, nos diretórios municipal, estadual e nacional do partido ao qual o Broadcast Político teve acesso, a senadora diz sentir que os princípios e o programa partidário do PT "nunca foram tão renegados pela própria agremiação". Segundo ela, as investigações diárias que envolvem membros do partido são motivo não só de "indignação" como de "grande constrangimento". O documento deve ser divulgado pela senadora ainda nesta tarde pelas redes sociais.

Marta, que já vinha demonstrando publicamente sua insatisfação com o partido e com o governo da presidente Dilma Rousseff desde o ano passado, quando saiu do Ministério da Cultura, disse ainda que, por ter acreditado nos "propósitos éticos" da carta de princípios do PT, não tem agora como "conviver com esta situação sem que esta atitude implique uma inaceitável conivência."  

Segundo a senadora, ela tentou exigir providências do partido e reverter a situação, mas não foi ouvida. "Percebi que o Partido dos Trabalhadores não possui mais abertura nem espaço para o diálogo com suas bases e seus filiados", afirmou. "Fui isolada e estigmatizada". Marta disse ainda que o PT não parece interessado ou não tem condições de resgatar seu programa e se distanciou completamente de seus fundamentos. 

A ex-petista acusa ainda a direção do PT de restringir e cercear seu desempenho nas atividades partidárias. "O que é mais grave, (cerceando) minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato", escreveu.

A senadora disse vivenciar "o mais difícil e o pior momento" de sua vida política e afirmou que vive hoje uma situação de constrangimento junto à bancada do PT e no Plenário do Senado. "Tenho me furtado a discursar e emitir minhas opiniões por me negar a defender um partido que não mais me representa, assim como a milhões de brasileiros que nele um dia acreditaram", afirmou.

28 de abril de 2015
in coroneLeaks

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