Nota da Redação do Alerta Total - A jornalista Marta Serrat fez uma esclarecedora entrevista com o Advogado Antônio Ribas Paiva: a tese da Intervenção Constitucional, que não é golpe militar, mas ação legítima do cidadão e da sociedade, exercendo seu direito democrático. Ribas deixa claro que os militares não devem assumir o poder e nem intervir por vontade própria. O povo é que tem o poder instituinte, exercido diretamente de forma individual e coletiva para modificar e aprimorar as instituições, com o apoio das Forças Armadas. Poderes constitucionais, usurpados pelo crime institucionalizado, precisam ser modificados, urgentemente. O Brasil tem que se autodeterminar, para definir seu destino.
Em 1808, quando a Família Real Portuguesa refugiou-se no Brasil,das forças de Napoleão Bonaparte, o Haiti libertava-se da França, após uma revolta, estimulada pelos Ingleses, que incendiou a ilha e massacrou os administradores franceses. Até então, a agroindústria de açúcar, implantada no Haiti pela França, respondia por 1/3 do PIB do país Europeu.
Com a proclamação da República no Haiti, a crise econômica estabeleceu-se na França, pela queda de 1/3 do seu PIB em 6 meses, com funestas consequências para Napoleão Bonaparte e para o Império Francês. O primeiro morreu prisioneiro em Stª Helena, em 1821. O Império Francês entrou em irreversível decadência, deixando de ser rival do Império Britânico. A França, que dominou a Europa com Napoleão, depois disso, perdeu quase todas as guerras em que se envolveu, desde 1870; caiu sob o domínio alemão por cinco anos, sendo libertada pela intervenção dos aliados, em 1945.
O Haiti, apesar de libertar-se da França, sendo a primeira República das Américas, entrou em decadência permanente, por incompetência e ou má fé de seus governantes. Consubstanciando um exemplo rematado de desastre sócio-político-econômico, a ponto da ONU, após 200 anos de desgoverno e crimes, precisar intervir militarmente, em proteção da vida do povo Haitiano.
Por volta de 1889,o Estado do Maranhão era a 5ª potência econômica mundial, porque havia substituído o Sul dos EUA, na produção e exportação de algodão. Proclamada a República, por nosso Exército, o Maranhão e o Brasil entraram em decadência permanente, porque foram entregues à classe política.
O Brasil à época da Proclamação da República era a 2ª potência militar e econômica do mundo e o Maranhão era a quinta. Cento e vinte e seis anos depois, o Brasil é a 7ª potência econômica, após ter caído para o 46 lugar, sob o jugo da classe política, recuperando-se, graças a intervenção dos governos militares, mas o Maranhão continua em decadência, por obra de seus políticos, porque lá não houve intervenção redentora.
O Brasil foi, momentaneamente, salvo da decadência permanente, pela intervenção da sociedade, através de suas Forças Armadas, em 1964. Atualmente, apesar de ser o celeiro do mundo e de exportar matérias primas e minérios estratégicos, voltou à decadência, devido à sua incompetente e criminosa Classe Política. Meros títeres de interesses transnacionais, aos quais o presidente Figueiredo não deveria ter entregue o poder, antes de aprimorar as instituições, dotando-as de mecanismos de proteção, contra a usurpação de políticos ou grupos.
Urge, que a sociedade brasileira intervenha, através de suas Forças Armadas no processo político - institucional, novamente, antes que a tragédia seja irreparável, como no Haiti e na vizinha Venezuela, corroídas por políticos aliados ao Crime, sem falar na França, que ainda não voltou ao patamar de potencia dos tempos do Império.
Observe-se, que para os dois milhões de brasileiros assassinados, em razão do descaso da classe política, para com a segurança pública, nos últimos 25 anos, e suas famílias, o prejuízo é irreparável.
Sem a necessária intervenção da sociedade, através de seus Exércitos, outros milhões de brasileiros, certamente, serão massacrados, pelo crime organizado, que se embricou com a Classe Política, na usurpação do Poder do Estado.
Esta breve análise histórica, presta-se a demonstrar que não existe o Fundo do Poço, porque a decadência é infinita, tornando-se permanente, caso não ocorra uma intervenção Redentora.
Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos.
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