Nas palavras de um interlocutor do ministro Joaquim Levy, o melhor que o Brasil tem a fazer neste momento é não arrumar problemas. O mundo está mergulhado em incertezas, os sinais de retomada da atividade são frágeis, os países emergentes estão baqueados e os bancos centrais estão em conflito tanto sobre juros quanto sobre câmbio. Será importante que o ministro detalhe bem para a presidente Dilma o que ouviu lá fora. Um pé em falso do país será o fim do voto de confiança que ainda está nos mantendo de pé.
O Banco Central mudou a metodologia das contas externas. Depois de dois anos de estudos e muito debate, adequará as informações às regras definidas em 2010 pelo FMI. Os números, a serem revelados esta quinta-feira, vão mostrar aumento nos investimentos estrangeiros diretos (IED).
O BC também passará a divulgar os volumes de recursos movimentados pelas vendas de jogadores brasileiros ao exterior. Há uma grande demanda por esses dados, sobretudo por causa das suspeitas de irregularidades nas transações.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Fabio Rua, diretor da IBM Brasil, e Marcelo Ortiz, da Embraer, apresentarão painel sobre economia global, setor privado e competitividade — desafios e oportunidades, esta quinta-feira, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O tema faz parte da programação do 20º Encontro Brasileiro de Estudantes de Relações Internacionais, organizado pela Fundação Armando Alvares Penteado.
RISCO DE R$ 117,2 BILHÕES AO TESOURO
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, encaminhado pelo governo ao Congresso, mostra que os processos enfrentados pela União podem custar R$ 117,2 bilhões ao Tesouro Nacional. Desse total, a maior parte, R$ 102,8 bilhões, se refere a subsídios à casa própria.
O mesmo projeto explicita que as estatais extintas durante o governo Collor, entre 1990 e 1992, ainda são um fantasma para os cofres públicos. Os passivos contabilizados até agora chegam a R$ 7,3 bilhões. Ou seja, não faltam esqueletos para sair do armário.
ROMBO DE DESEMPREGO
O desemprego vai bater fundo na Previdência Social neste ano e, sobretudo, em 2016. Como milhares de trabalhadores devem ser demitidos por causa da recessão econômica, as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tendem a cair. Pelos cálculos do Ministério do Planejamento, o rombo em 2015 será de R$ 66,7 bilhões e, no ano que vem, de R$ 81 bilhões.
24 de abril de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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