Os fundos de pensão de funcionários de empresas estatais são uma poderosa fonte de recursos, movimentando bilhões de reais em investimentos. Contudo, sofrem de um problema crônico conhecido em economia pelo nome de agente-principal. “Principal” são os verdadeiros donos dos fundos de pensão, isto é, os funcionários. “Agente” são os administradores desses fundos. Infelizmente, por não raras vezes os agentes têm interesse distinto dos principais.
Os administradores dos fundos de pensão são em grande medida indicados pelo governo. Esses “administradores” prestam conta muito mais ao governo do que exatamente aos funcionários, que são os verdadeiros donos do fundo de pensão.
Os administradores dos fundos de pensão são em grande medida indicados pelo governo. Esses “administradores” prestam conta muito mais ao governo do que exatamente aos funcionários, que são os verdadeiros donos do fundo de pensão.
Enquanto os funcionários enxergam o fundo de pensão como uma garantia para sua aposentadoria – querendo, portanto, uma combinação de segurança e rentabilidade –, o governo enxerga nos fundos uma possibilidade de exercer política pública com o capital alheio, pressionando os administradores dos fundos de pensão a seguirem objetivos do governo (e não dos funcionários que pagam seus salários).
27 de abril de 2015
Gazeta do Povo
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