"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

NA SÍRIA, MEDIADOR DA ONU PREFERE NEGOCIAR COM ASSAD




Staffan diz que Assad faz parte da solução para a Síria
O presidente Bashar al-Assad é importante para a Síria, considerou nesta sexta-feira o mediador da ONU Staffan de Mistura, após quatro anos de combates, que beneficiaram, sobretudo, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). “O presidente Assad é parte da solução” e “seguirei discutindo temas importantes com ele”, afirmou o enviado especial da ONU para a Síria, que acaba de realizar uma visita de 48 horas a Damasco.
De Mistura, que fez as declarações em um encontro em Viena com o chefe da diplomacia austríaca, Sebastian Kurz, deve apresentar em 17 de fevereiro ao Conselho de Segurança da ONU um relatório para deter a guerra civil na Síria.
O enviado reiterou sua convicção de que “a única solução é uma solução política” e que, na falta de um acordo, “o único que se beneficia da situação” é o EI, um “monstro que espera que o conflito continue para tirar vantagem”.
Kurz, por sua vez, indicou que “no combate ao EI pode ser necessário lutar do mesmo lado que Damasco”, embora “Assad nunca será um amigo, nem mesmo um sócio”.
DESCONFIANÇA
Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira, a maioria dos habitantes dos bairros rebeldes de Aleppo, no norte da Síria, são favoráveis à interrupção dos combates proposta por De Mistura, mas duvidam de seu cumprimento.
No mesmo dia, o exército sírio voltava a bombardear posições rebeldes nas Colinas de Golã, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Em quatro anos, a guerra civil na Síria deixou 220.000 mortos, um milhão de feridos e quatro milhões de deslocados e refugiados, sem uma vitória militar à vista de nenhum dos grupos em combate, lembrou De Mistura.

17 de fevereiro de 2015
Deu na Agência France Presse

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