Em momentos de ajuste na economia – de “saco de maldades”, como agora – Dilma precisa oferecer à população algum tipo de esperança. Alguma palavra de conforto. De que o sacrifício de hoje – o aumento de impostos, o reajuste da luz, da gasolina, de juros para casa própria, a restrição de acesso a benefícios como o seguro-desemprego – vai valer a pena mais para frente.
De otimista no Brasil, restou o “mercado” – aquelas instituições financeiras e bancos que lucram com a dívida pública brasileira. O “ajuste” é para isso, para manter a dívida pública administrável.
A pesquisa Datafolha divulgada recentemente apontou que o brasileiro, pela primeira vez em muitos meses, está francamente pessimista: 81% acham que a inflação vai aumentar, 62% acreditam na piora do desemprego, 57% acham que o poder de compra dos salários vai cair e 55% dizem que sua situação econômica pessoal vai piorar.
PESSIMISMO EM ALTA
Todos esses números de pessimismo dispararam do início do ano para cá. De uma hora para outra, o brasileiro sentiu a piora da situação econômica, que já se anunciava há tempos, mas que o “saco de maldades” divulgado pelo governo desde dezembro parece ter tornado palpável. Acompanhado, é claro, de medidas que afetam diretamente o bolso, como o aumento das tarifas de ônibus.
A economia se tornou preocupação crucial para as famílias, o que não era três meses atrás, quando Dilma se reelegeu por um triz e o otimismo ainda prevalecia, segundo as pesquisas.
Seja como for, cabe a Dilma agora, como caberia a qualquer governante, dirigir-se ao país. Não vale aparecer cozinhando na propaganda eleitoral, como se íntima do eleitor fosse, para depois desaparecer da vida das pessoas.
Lula soube falar à população em seu primeiro mandato (2003-2006), quando também promoveu um ajuste forte na economia, mas de algum modo cultivou a esperança (de que o país mudaria, de que a situação melhoraria, em especial para os mais pobres). Lula teve a seu favor, é verdade, a conjuntura econômica internacional, basicamente a valorização nos preços das chamadas commodities, como minério de ferro e soja para exportação. Isso ficou no passado.
Dilma não conta com ventos econômicos favoráveis. Transmitir esperança diante desse horizonte é mais difícil ainda, mas necessário. Talvez a única coisa que Dilma tenha a fazer (e que não pesa no orçamento federal).
Em momentos de ajuste na economia – de “saco de maldades”, como agora – Dilma precisa oferecer à população algum tipo de esperança. Alguma palavra de conforto. De que o sacrifício de hoje – o aumento de impostos, o reajuste da luz, da gasolina, de juros para casa própria, a restrição de acesso a benefícios como o seguro-desemprego – vai valer a pena mais para frente.
De otimista no Brasil, restou o “mercado” – aquelas instituições financeiras e bancos que lucram com a dívida pública brasileira. O “ajuste” é para isso, para manter a dívida pública administrável.
A pesquisa Datafolha divulgada recentemente apontou que o brasileiro, pela primeira vez em muitos meses, está francamente pessimista: 81% acham que a inflação vai aumentar, 62% acreditam na piora do desemprego, 57% acham que o poder de compra dos salários vai cair e 55% dizem que sua situação econômica pessoal vai piorar.
PESSIMISMO EM ALTA
Todos esses números de pessimismo dispararam do início do ano para cá. De uma hora para outra, o brasileiro sentiu a piora da situação econômica, que já se anunciava há tempos, mas que o “saco de maldades” divulgado pelo governo desde dezembro parece ter tornado palpável. Acompanhado, é claro, de medidas que afetam diretamente o bolso, como o aumento das tarifas de ônibus.
A economia se tornou preocupação crucial para as famílias, o que não era três meses atrás, quando Dilma se reelegeu por um triz e o otimismo ainda prevalecia, segundo as pesquisas.
Seja como for, cabe a Dilma agora, como caberia a qualquer governante, dirigir-se ao país. Não vale aparecer cozinhando na propaganda eleitoral, como se íntima do eleitor fosse, para depois desaparecer da vida das pessoas.
Lula soube falar à população em seu primeiro mandato (2003-2006), quando também promoveu um ajuste forte na economia, mas de algum modo cultivou a esperança (de que o país mudaria, de que a situação melhoraria, em especial para os mais pobres). Lula teve a seu favor, é verdade, a conjuntura econômica internacional, basicamente a valorização nos preços das chamadas commodities, como minério de ferro e soja para exportação. Isso ficou no passado.
Dilma não conta com ventos econômicos favoráveis. Transmitir esperança diante desse horizonte é mais difícil ainda, mas necessário. Talvez a única coisa que Dilma tenha a fazer (e que não pesa no orçamento federal).
17 de fevereiro de 2015
Rogério Jordão, yahoo
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