"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

CPI TAMBÉM É REMÉDIO


 
Os formadores de opinião, apresentadores de telejornais e o demais mortais têm visões distintas sobre como tratar a questão do “furto, trambique, propina, comissão, rombo, desvio,” havido na PETROBRAS.

De um lado, há os que desejam chegar aos verdadeiros responsáveis de acordo com a unanimidade apegada à expressão “doa a quem doer”, trombeteada aos quatro ventos, mas via instituições policiais e judiciárias e menos pelo Congresso Nacional. Detestam a CPI e dela fogem como o diabo da cruz. Dizem que vira pizza.

Há os que aplaudem as atividades da Polícia e da Justiça, mas são francamente favoráveis aos trabalhos das CPI, claro que postas em prática com liberdade e, não manietadas pelo governo que também é alvo das acusações de irregularidades juntamente com o PT timoneiro da nau Brasil que não navega com a segurança necessária a seus passageiros.

Há ainda os que para proteger a PETROBRÁS da ambição estrangeira de destruí-la, apregoam que há uma armação ilimitada do capital internacional como peça fundamental para atingir tal propósito.  

Resta uma penumbra sobre a possível ligação entre a gente do capital internacional e os agentes internos da PETROBRAS, do governo central e seus tentáculos no Congresso Nacional, e os empreiteiros.

Há dúvidas quanto aos prejuízos causados à empresa mor dos brasileiros? Alguém acha que não houve, a repetir o mensalão do PT? Com quadrilha ou sem quadrilha? Se há manipulação nos valores das ações, especulação e banditismo nas bolsas é outro problema a ser vasculhado.

O ponto crucial do mal feito é apurar o valor do rombo, punir os responsáveis e conseguir o ressarcimento dos prejuízos. Nunca fácil e pouco visto em se tratando de prisão dos criminosos e muito menos no retorno dos recursos financeiros aos cofres públicos.

Desejar a CPI e o julgamento dos culpados, não pressupõe se associar aos interesses internacionais e pretender a privatização da PETROBRAS ou até mudar a sua denominação para PETROBRAX.

Ora, se a CPI deu certo e chegou ao fim com o afastamento do ex-presidente Collor de Mello, aclarando caminhos e patenteando lições, por quais razões desprezar valoroso ensinamento.

Há lembrar que a nação foi às ruas para demonstrar a insatisfação que hoje permeia na sociedade na intensa velocidade dos Megabits
​. 
Os cara​s-pintadas fizeram o seu papel. Transformaram fatos e fotos em História. Movimento pacífico que pode se repetir. Tudo a favor da PETROBRAS abraçada com ardor patriótico com o laço verde-amarelo no coração, na mente e no rosto. Sem colocar o capuz do vandalismo. Na cara e na coragem.

CPI também é remédio e deu resultado. Com efeitos colaterais se preciso. 

08 de fevereiro de 2015
Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior, reformado.

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