"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

IMIGRAÇÃO É PRINCIPAL TEMA DA PRIMEIRA REUNIÃO ENTRE EUA E CUBA

          
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A primeira reunião entre EUA e Cuba está sendo realizada em Havana

Com foco no tema da imigração, representantes dos governos de Cuba e Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira (21/01) em Havana a primeira reunião após o restabelecimento de suas relações diplomáticas, anunciado no dia 17 de dezembro de 2014.
A respeito do fluxo de pessoas entre os dois países, Cuba expressou preocupação com a política migratória norte-americana, que classifica como “o principal estímulo para a emigração ilegal para os EUA”.

A delegação de Cuba é liderada pela diplomata Josefina Vidal Ferreiro, responsável por assuntos dos EUA no Ministério das Relações Exteriores. Já no comitê norte-americano estão Roberta Jacobson, a principal diplomata dos EUA para a América Latina, e Edward Alex Lee, subsecretário adjunto para a América Latina do Departamento de Estado. Eles representam o escalão mais alto da chancelaria norte-americana a visitar a ilha em décadas.

Além das tendências migratórias, amanhã serão discutidas as possibilidades de normalização de laços diplomáticos, com a reabertura de embaixadas como um dos assuntos prioritários do último dia do encontro bilateral.

Os dois lados também devem apresentar metas de longo prazo. Havana vai buscar o fim do embargo e pedir para ser retirada da lista de “Estados que patrocinam o terrorismo”, enquanto Washington investirá na flexibilização do governo liderado pelos irmãos Castro.

SUSPENSÃO DO EMBARGO

Na noite de terça, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou também que os Estados Unidos devem começar “neste ano” a suspender o embargo comercial, imposto à ilha há mais de 50 anos, para “acabar com um legado de desconfiança no continente”.

Resultado de 18 meses de negociações secretas, a retomada de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba pegou a comunidade internacional de surpresa, simbolizando a maior reviravolta desde a imposição do embargo econômico, em 1961.
No mês passado, já se esperava que, entre as medidas, estaria o início das conversas bilaterais, a flexibilização do bloqueio econômico e a libertação de presos políticos e espiões de ambas as partes.

No dia em que foi anunciada a reaproximação, Washington e Havana trocaram prisioneiros: enquanto Cuba libertou o norte-americano Alan Gross, que cumpria pena de 15 anos na ilha por espionagem, Washington soltou também os últimos três dos Cinco Cubanos presos nos EUA, também acusados de espionagem.
Além disso, no dia 12 de janeiro, Cuba libertou 53 presos políticos norte-americanos, o que também estava previsto conforme os acordos.
(texto enviado por Valter Xéu)

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