Números divulgados pelo Governo Federal mostram que a maior parte do dinheiro investido na construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo foi oriundo dos cofres públicos, contrariando a promessa de que o aporte seria privado. Os dados constam da versão final da matriz de responsabilidade do torneio, divulgados pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira.
Segundo o documento, foram utilizados R$ 8,384 bilhões em todas as arenas. Desse valor, as prefeituras e os governos estaduais (incluindo o Distrito Federal) gastaram R$ 3,956 bilhões, ou seja, 47% do total. O restante dos recursos foram conseguidos por meio de financiamentos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dos cofres da iniciativa privada saíram apenas R$ 611,6 milhões.
À época da candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo, o discurso do Governo Federal e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) era de que as obras referentes aos estádios seriam 100% bancadas pela iniciativa privada. O então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chegou a declarar isso, porém não foi o que aconteceu.
Além da predominância de recursos públicos, outro dado exposto refere-se ao custo total das reformas e construções, que teve um aumento de 20% do previsto inicialmente, segundo mostra a matriz. Em 2010, o previsto era gastar R$6,955 bilhões.
– As novas arenas multiuso, que foram construídas ou reformadas para a Copa, tiveram custos alinhados com a média mundial para esse tipo de construção e são parte do legado esportivo deixado pelo megaevento – justificou o Ministério do Esporte à Folha.
(texto enviado por Mário Assis)
09 de janeiro de 2015
Deu no Lance
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