"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

QUAL SERIA O RESULTADO?

 A última eleição presidencial se caracterizou por uma campanha das mais agressivas e de baixo nível de que se tem notícia, ao longo da qual foi apresentada, por parte do governo, na busca por mais um mandato de quatro anos, a imagem de um Brasil ideal e utópico.

Pouco tempo após a apuração, no entanto, emergiu, como era de se esperar, o país real, com todos os inchaços que vinham sendo devidamente encobertos visando a um resultado favorável. 
O recrudescimento da miséria, os inevitáveis aumentos nos preços dos combustíveis e da energia, a insistência desconfortável da inflação, a oposição ressentida do Congresso, opondo-se a decreto elaborado nos subterrâneos do Planalto e que altera a dinâmica democrática, o estado lamentável da balança comercial e a incapacidade de cumprir os compromissos relacionados ao superavit primário, originando o recurso a maquiagens financeiras ora sendo imploradas no parlamento, com a resultante perda de credibilidade, são algumas das importantes informações ocultadas no calor do embate pelos votos. 
Fica-se a imaginar qual seria o resultado da eleição se, pelo menos uma parte delas fosse revelada ao público, por quem contava com o privilégio de as possuir, como se espera de um governo que pretende contar com a confiança da sociedade.

13 de novembro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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