"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

INDIGNADOS SABEM QUEM SÃO E O QUE QUEREM

Em novembro de 2011, ilustrado por um mapa do Brasil com informações sobre o horário, o local e o acesso aos organizadores das passeatas programadas para 40 cidades, um post assinado pela jornalista Fernanda Costa chamou a atenção dos leitores para os atos de protesto que ocorreriam no feriado de 15 de novembro de 2011. Passados três anos, o texto e o mapa voltaram a circular na internet, mas associados às manifestações de rua convocadas para o próximo sábado, dia 15.

Nada a ver. Ao abismo escavado pelo tempo se somam as diferenças entre os dois movimentos. Os envolvidos nos protestos de 2011 nunca souberam direito quem eram e o que queriam. Como voltaria a acontecer em junho de 2013, os manifestantes sucumbiram à crise de identidade, à inexistência de objetivos claramente definidos, à falta de palavras-de-ordem que evitassem a dispersão. Dessas carências não padecem os indignados de 2014 que mostraram sua cara na Avenida Paulista no primeiro dia deste novembro. Esses sabem perfeitamente quem são e o que querem, como se verá em outro post.

Antecipo o esclarecimento para desfazer equívocos e, sobretudo, para colocar a coluna à disposição dos organizadores ou participantes das manifestações marcadas para 15 de novembro. Sejam bem-vindos às ruas os incontáveis inconformados, saúdam os integrantes da resistência democrática. O Brasil decente enfim se dispôs a travar a luta sem tréguas contra a seita lulopetista — no terreno e com as armas que os celebrantes de missas negras escolherem.

A desfaçatez dos incapazes capazes de tudo foi longe demais. Como constatou o jornalista Cláudio Tognolli, ‘não se pode escrever CORRUPTO sem PT”. Os gatunos a  serviço do governo estão por toda parte, financiando com roubos bilionários a conspiração do bando liberticida contra o Estado Democrático de Direito. Os farsantes no poder acham que os fins justificam os meios, e ainda se julgam condenados à perpétua impunidade. Logo entenderão que o sossego dos cínicos acabou.

Mais de 51 milhões de eleitores advertiram em 26 de outubro que o Código Penal vale para todos. Sem exceções, avisaram os participantes do ato de protesto na Avenida Paulista. A oposição está na ofensiva. O PT não mete medo em mais ninguém. Em todo o país, multidões continuarão a exigir o esclarecimento de todos os escândalos à espera de apuração, aí incluído o protagonizado pelo casal Lula e Rose. Pelas dimensões da ladroagem e pelos personagens envolvidos, o Petrolão é o primeiro da fila.

Milhões de indignados exigem que a devassa nas catacumbas da Petrobras prossiga sem hesitações e sem manobras protelatórias. As descobertas dos condutores das investigações vão confirmando que o padrinho e a afilhada sabiam de tudo. Comprovada a culpa no cartório, a Justiça que trate de cumprir seu dever. Todos são iguais perante a lei. Lula e Dilma não são mais iguais que os outros.
 
13 de  novembro de 2014
Augusto Nunes é Jornalista. Originalmente publicado no Direto ao Ponto - site do autor na Veja, em 11 de novembro de 2014.

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