Admitir margem de erro para pessoas que vivem na miséria é o mesmo que desrespeitar um dos princípios fundamentais de nossa Constituição Federal, o da dignidade da pessoa humana. Não é cabível que se admitam miseráveis num desvio percentual. O governo deve ter como meta a erradicação de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, e jamais trabalhar com tolerância no que tange ao aumento de pessoas vivendo de forma sofrível.
O PT já admitiu, ao longo de seus doze anos de governo, uma margem de erro para a inflação extremamente alta, e mesmo assim não conseguiu controlá-la, sempre alegando a conjuntura econômica internacional como culpada. Vale notar que a margem de erro da inflação é de dois pontos percentuais numa meta de 4,5%, ou seja, quando a inflação está no “teto” da meta (6,5%), o aumento não foi de 2%, e sim de 44%.
Se o PT possui uma margem de erro para a inflação, outra para as pessoas abaixo da linha da pobreza, e assim por diante, devem ter a corrupção medida por estas margens. A pergunta que imediatamente vem à cabeça é: Será que o mensalão e o escândalo da Petrobras estão na margem de erro? Mas é claro. Tudo na ilha da fantasia ocorre de forma diversa da esperada pelo povo.
Enquanto outros países consideram trágico um governo que aceita o aumento da miséria, no Brasil, deve existir até margem para a corrupção no mundo dos petistas. Precisamos refletir sobre o destino do nosso país. O questionamento que proponho é acerca da aceitabilidade de um governo que admite margens de erro até para a miséria. Será que isto é respeitar a dignidade da pessoa humana? Boas reflexões.
Felipe da Silva Prado é Estudante de Direito.
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