Mediação de Meirelles nos bastidores do poder garante igual doação de R$ 5 milhões da JBS para PT e PSDB
A ação direta de uma eminência explícita na política e na economia brasileira, que vem atuando com desenvoltura desde a Era FHC, e que cultiva o sonho de um dia sentar no trono do Palácio do Planalto, explica por que a JBS Friboi é a maior doadora oficial, até agora, em iguais R$ 5 milhões, da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff e do adversário Aécio Neves. Já está definido, previamente, que, qualquer que seja o próximo governo, Henrique de Campos Meirelles, ex-presidente do Banco Central do Brasil, continuará dando as cartas nos bastidores dos maiores negócios.
Pouca gente sabe, mas o Boston Consulting Group, do qual Meirelles foi presidente mundial e no qual ainda teria muita influência, é uma das empresas de consultoria que desenha, nos bastidores, os destinos da Petrobras – hoje alvo de escândalos supostamente apurados por uma também suposta e suspeita CPMI no Congresso Nacional. Na hipótese de uma vitória tucana, Meirelles é nome cotado para retornar ao Banco Central. Só se Dilma for reeleita – o que já é tido como muito improvável – Meirelles continua apenas na função de sempre: o nem tão oculto, porém discreto, condutor dos maiores negócios financeiros no Brasil.
Dilma não topa Meirelles. Ele não aceitou continuar no BC do B na gestão dela por incompatibilidade de gênios. Mesmo assim, Meirelles quase foi vice de Dilma. Só teve de sair do páreo pela força interna de Michel Temer no PMDB. Aécio Neves o queria para vice, mas azedaram as negociações com Gilberto Kassab, comandante do partido ao qual Meirelles está filiado. O nome de Meirelles é o único com total aval externo, antecipado, para garantir que o poder paralelo no Brasil não escape do controle permanente da Oligarquia Financeira Transnacional.
O dedo de Meirelles ajudou a holding J&S (que controla a JBS Friboi) a se transformar em uma das mais poderosas empresas transnacionais do Brasil. Recentemente, o grupo fechou com o BNDES um empréstimo-financiamento de R$ 30 bilhões. A grana, apanhada a juros de 4%, pode se multiplicar facilmente. Ainda mais se for parar no Banco Original, braço financeiro do grupo, e for emprestado a juros de 11%... A verba também vai se multiplicar com as exportações de carne para a China. O carnívoro consumidor brasileiro que se prepare para pagar caro pelo produto, quando começar a ficar escasso no mercado interno.
Doações absurdas
Os números da contabilidade eleitoral parcial, divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, só confirmam o absurdo do sistema de doações de campanha no Brasil.
A JBS entra com praticamente a metade do total arrecadado até agora pelas campanhas petista (R$ 10,1 milhões) e tucana (R$ 11 milhões).
A segunda maior doadora é uma gigantesca pagadora de impostos: a CRBS, empresa do grupo Ambev, fabricante de bebidas, que doou R$ 4 milhões para Dilma e apenas R$ 1,2 milhão para Aécio (que levou mais R$ 2 milhões da empreiteira OAS).
Virando Suco?
O candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos arrecadou R$ 8,2 milhões no primeiro mês de campanha.
Sua maior doadora até agora foi a Arosuco Aromas e Sucos, uma das empresas da Ambev, que deu R$ 1,5 milhão.
Campos também recebeu R$ 1,9 milhão das construtoras, R$ 1 milhão do grupo Safra e mais R$ 2 milhões da Coopersucar e da Cosan Lubrificantes.
Mal doados
O quarto colocado nas pesquisas eleitorais, o Pastor Everaldo (PSC), declarou não ter arrecadado nada até agora – “mesma quantia” do candidato do PCO, Rui Costa Pimenta.
Entre os nanicos das pesquisas, Eduardo Jorge, do PV, lidera a arrecadação com R$ 1,7 milhão.
Os demais candidatos ficam com a merreca: Luciana Genro (PSOL), com R$ 96,6 mil; Zé Maria (PSTU), com R$ 38,3 mil; Levy Fidelix (PRTB), com R$ 34,3 mil; Mauro Iasi (PCB), com R$ 16,6 mil; e Eymael (PSDC), com R$ 15,6 mil.
Para que tanto dinheiro?
Champanha eleitoreira
Só um sistema político equivocado, com alto risco de compra de voto via fraude eleitoral eletronicamente possível, justifica tanto dinheiro para jogar fora em campanhas eleitorais, a cada dois anos.
Instituir “financiamento público de campanha”, como deseja o PT, que aparelha a máquina estatal, não é a solução mais correta.
Melhor seria implantar um sistema de voto distrital ou distrital misto, diminuindo o número de parlamentares a serem eleitor, baixando o custo operacional corrente da máquina política e limitando as doações de empresas e pessoas físicas a valores baixos, quase simbólicos, já que a campanha – feita na base da mínima honestidade necessária – custaria muito mais barata.
Mantido o atual regime de grana e interesses econômicos para movimentar a governança do crime organizado, o Brasil continuará sendo o País dos Cs: caro, cartelizado, cartorial, corrupto e, enfim, Capimunista.
Desespero infantil
Governo paralelo?
Da Presidenta Dilma Rousseff, meio que admitindo e reclamando que alguém, no Palácio do Planalto, possa ter treinado o pessoal da Petrobras para as inquisições amestradas da CPMI:
“No Planalto, não há expert em petróleo e gás. Expert nisso é a Petrobras. Não é o Palácio do Planalto nem nenhuma sede de nenhum partido. Quem sabe sobre pergunta de petróleo e gás é a Petrobras e todas as empresas de petróleo e gás. Há uma simetria de informações entre nós mortais e o setor de petróleo, que é altamente oligopolizado e extremamente complexo tecnicamente. Acho estarrecedor que seja necessário alguém de fora da empresa elaborar perguntas para a Petrobras”.
Quem ouviu ontem esse desabafo da Presidenta Dilma Rousseff ficou com a certeza de que ela, em tese, comanda um governo, e, na prática, alguém contra ele comanda um esquema de poder paralelo.
A Inocente Vingança do Corno
Olho nele
Segurança Pública
A Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, promove na tarde-noite desta quinta e sexta-feira seu I Congresso de Segurança Pública.
O evento será aberto às 13 hora pelo Grão-Mestre Ronaldo Fernandes, na sede da GLESP, na Liberdade.
Aguarda-se lá a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tem parentes maçons, mas nunca quis entrar para a ordem...
Ópera Bufa
Pede mais...
10 de agosto de 2014
A ação direta de uma eminência explícita na política e na economia brasileira, que vem atuando com desenvoltura desde a Era FHC, e que cultiva o sonho de um dia sentar no trono do Palácio do Planalto, explica por que a JBS Friboi é a maior doadora oficial, até agora, em iguais R$ 5 milhões, da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff e do adversário Aécio Neves. Já está definido, previamente, que, qualquer que seja o próximo governo, Henrique de Campos Meirelles, ex-presidente do Banco Central do Brasil, continuará dando as cartas nos bastidores dos maiores negócios.
Pouca gente sabe, mas o Boston Consulting Group, do qual Meirelles foi presidente mundial e no qual ainda teria muita influência, é uma das empresas de consultoria que desenha, nos bastidores, os destinos da Petrobras – hoje alvo de escândalos supostamente apurados por uma também suposta e suspeita CPMI no Congresso Nacional. Na hipótese de uma vitória tucana, Meirelles é nome cotado para retornar ao Banco Central. Só se Dilma for reeleita – o que já é tido como muito improvável – Meirelles continua apenas na função de sempre: o nem tão oculto, porém discreto, condutor dos maiores negócios financeiros no Brasil.
Dilma não topa Meirelles. Ele não aceitou continuar no BC do B na gestão dela por incompatibilidade de gênios. Mesmo assim, Meirelles quase foi vice de Dilma. Só teve de sair do páreo pela força interna de Michel Temer no PMDB. Aécio Neves o queria para vice, mas azedaram as negociações com Gilberto Kassab, comandante do partido ao qual Meirelles está filiado. O nome de Meirelles é o único com total aval externo, antecipado, para garantir que o poder paralelo no Brasil não escape do controle permanente da Oligarquia Financeira Transnacional.
O dedo de Meirelles ajudou a holding J&S (que controla a JBS Friboi) a se transformar em uma das mais poderosas empresas transnacionais do Brasil. Recentemente, o grupo fechou com o BNDES um empréstimo-financiamento de R$ 30 bilhões. A grana, apanhada a juros de 4%, pode se multiplicar facilmente. Ainda mais se for parar no Banco Original, braço financeiro do grupo, e for emprestado a juros de 11%... A verba também vai se multiplicar com as exportações de carne para a China. O carnívoro consumidor brasileiro que se prepare para pagar caro pelo produto, quando começar a ficar escasso no mercado interno.
Doações absurdas
Os números da contabilidade eleitoral parcial, divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, só confirmam o absurdo do sistema de doações de campanha no Brasil.
A JBS entra com praticamente a metade do total arrecadado até agora pelas campanhas petista (R$ 10,1 milhões) e tucana (R$ 11 milhões).
A segunda maior doadora é uma gigantesca pagadora de impostos: a CRBS, empresa do grupo Ambev, fabricante de bebidas, que doou R$ 4 milhões para Dilma e apenas R$ 1,2 milhão para Aécio (que levou mais R$ 2 milhões da empreiteira OAS).
Virando Suco?
O candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos arrecadou R$ 8,2 milhões no primeiro mês de campanha.
Sua maior doadora até agora foi a Arosuco Aromas e Sucos, uma das empresas da Ambev, que deu R$ 1,5 milhão.
Campos também recebeu R$ 1,9 milhão das construtoras, R$ 1 milhão do grupo Safra e mais R$ 2 milhões da Coopersucar e da Cosan Lubrificantes.
Mal doados
O quarto colocado nas pesquisas eleitorais, o Pastor Everaldo (PSC), declarou não ter arrecadado nada até agora – “mesma quantia” do candidato do PCO, Rui Costa Pimenta.
Entre os nanicos das pesquisas, Eduardo Jorge, do PV, lidera a arrecadação com R$ 1,7 milhão.
Os demais candidatos ficam com a merreca: Luciana Genro (PSOL), com R$ 96,6 mil; Zé Maria (PSTU), com R$ 38,3 mil; Levy Fidelix (PRTB), com R$ 34,3 mil; Mauro Iasi (PCB), com R$ 16,6 mil; e Eymael (PSDC), com R$ 15,6 mil.
Para que tanto dinheiro?
Champanha eleitoreira
Só um sistema político equivocado, com alto risco de compra de voto via fraude eleitoral eletronicamente possível, justifica tanto dinheiro para jogar fora em campanhas eleitorais, a cada dois anos.
Instituir “financiamento público de campanha”, como deseja o PT, que aparelha a máquina estatal, não é a solução mais correta.
Melhor seria implantar um sistema de voto distrital ou distrital misto, diminuindo o número de parlamentares a serem eleitor, baixando o custo operacional corrente da máquina política e limitando as doações de empresas e pessoas físicas a valores baixos, quase simbólicos, já que a campanha – feita na base da mínima honestidade necessária – custaria muito mais barata.
Mantido o atual regime de grana e interesses econômicos para movimentar a governança do crime organizado, o Brasil continuará sendo o País dos Cs: caro, cartelizado, cartorial, corrupto e, enfim, Capimunista.
Desespero infantil
Governo paralelo?
Da Presidenta Dilma Rousseff, meio que admitindo e reclamando que alguém, no Palácio do Planalto, possa ter treinado o pessoal da Petrobras para as inquisições amestradas da CPMI:
“No Planalto, não há expert em petróleo e gás. Expert nisso é a Petrobras. Não é o Palácio do Planalto nem nenhuma sede de nenhum partido. Quem sabe sobre pergunta de petróleo e gás é a Petrobras e todas as empresas de petróleo e gás. Há uma simetria de informações entre nós mortais e o setor de petróleo, que é altamente oligopolizado e extremamente complexo tecnicamente. Acho estarrecedor que seja necessário alguém de fora da empresa elaborar perguntas para a Petrobras”.
Quem ouviu ontem esse desabafo da Presidenta Dilma Rousseff ficou com a certeza de que ela, em tese, comanda um governo, e, na prática, alguém contra ele comanda um esquema de poder paralelo.
A Inocente Vingança do Corno
O corno estava triste num bar, olhando fixamente para o seu copo de bebida, quando surge um valentão e chuta a cadeira à sua frente, pega o copo do corno, bebe tudo de uma golada só e proclama bem alto:
- E aí, cara, vai reagir?
- Reagir? Eu vou é embora... Não devia nem ter saído de casa! Imagine, seu moço, que hoje cedo eu briguei com minha mulher, saí de casa com raiva, bati o meu carro, cheguei atrasado no serviço e fui demitido! Voltei pra casa mais cedo e peguei minha mulher com o vizinho. Aí, eu sento num bar, coloco veneno na minha bebida, e ainda vem um babaca que nem você e toma tudo! É fogo! Nem pra me matar eu presto!...
Olho nele
Segurança Pública
A Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, promove na tarde-noite desta quinta e sexta-feira seu I Congresso de Segurança Pública.
O evento será aberto às 13 hora pelo Grão-Mestre Ronaldo Fernandes, na sede da GLESP, na Liberdade.
Aguarda-se lá a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tem parentes maçons, mas nunca quis entrar para a ordem...
Ópera Bufa
Pede mais...
10 de agosto de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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