Ricardo Melo e o MTST já resolveram os problemas dos sem-teto e, por isso, têm tempo para contribuir com a questão israelo-palestina?
A solução para o conflito entre israelenses e palestinos proposta pelo colunista Ricardo Melo nesta Folha em 28 de julho com o artigo "Israel é aberração; os judeus, não" é a mesma proposta pelo Hamas e por sua carta constitutiva. É a mesma solução preconizada por outras organizações terroristas palestinas (e não pelos palestinos, representados pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas) e pelo Irã.
Críticas a Israel e à sua política são totalmente aceitáveis e é parte da discussão na mídia e entre nações. Preconizar e apoiar a ideia do fim de um Estado que tem todo o direito de existir, como o Brasil tem, é um ato de violência verbal. Soluções construtivas e positivas não incluem aniquilar um Estado ou sugerir seu desaparecimento.
O antissionismo exposto no artigo do colunista --a oposição à existência de Israel, que é a manifestação do movimento de liberação nacional do povo judeu-- é o modelo e a versão atualizada do antissemitismo, que hoje não está na moda e que não é "politicamente correto". Quando alguém diz que tem muitos conhecidos judeus e que não é antissemita é a melhor prova de que temos um antissemita diante de nós. E se, como faz o colunista, acrescenta comentários que não têm nada a ver com o tema em discussão, sobre o bairro Higienópolis, em São Paulo, por exemplo, são claras também as suas visões antijudaicas.
Israel não tem a mínima intenção de se suicidar para satisfazer a vontade do colunista, do Hamas ou do Irã e, assim, contribuir para tornar esse sonho realidade.
Junto de Ricardo Melo, poderíamos colocar o colunista Guilherme Boulos, que no seu artigo de 31 de julho ("A Palestina apagada do mapa") no site da Folha, com intenção e linguagem agressivas e agitadoras, comete vários erros e confusões históricas (intencionais ou por ignorância?) que, com o tamanho deste artigo, não conseguiria retificar. Boulos adere à visão de que não se deve confundir o leitor com fatos e realidades, mas tem que deturpá-los para fundamentar sua posição destrutiva e ignorante.
Ricardo Melo e os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) já resolveram os graves problemas prioritários dos brasileiros sem-teto e, por isso, têm tempo, recursos e conselhos para contribuir negativamente com a questão israelo-palestina? Ficamos felizes! Ou não seria a vontade de "pegar carona" em qualquer tema conflituoso que permitiria repudio, manifestações, agitação e a oportunidade de exteriorizar visões que transgridem claramente os limites da livre expressão, princípio aceito por países democráticos como Brasil e Israel e rejeitado rotundamente por países autoritários e por organizações extremistas, como o Hamas.
O principal inimigo dos palestinos é o Hamas, que sacrifica a vida de seus cidadãos no altar da proteção de seus mísseis, explosivos e túneis, cujo objetivo é assassinar sem distinção israelenses (20% dos quais são árabes), civis, homens mulheres e crianças.
Israel investe em mísseis defensivos e refúgios para proteger sua população civil e o Hamas "investe" e sacrifica descaradamente a vida de sua população civil, para proteger seus mísseis ofensivos.
Por muitas vezes neste conflito atual Israel propôs um cessar-fogo, mas o Hamas não aceitou --parece não estar interessado em poupar vidas palestinas em Gaza. É o culto da morte do terrorismo palestino (não de todos os palestinos) frente ao culto à vida e sua proteção por parte de Israel.
A solução do conflito entre israelenses e palestinos reside na proposta de dois Estados para dois povos e na constituição de um Estado palestino, ao lado de Israel, e não em vez de Israel, como propõem os dois colunistas aqui mencionados e também o Hamas e o Irã. Dois Estados que convivam em boa vizinhança, cooperação, bem-estar e progresso comuns para a prosperidade e a paz de seus povos e de todo o Oriente Médio.
A solução para o conflito entre israelenses e palestinos proposta pelo colunista Ricardo Melo nesta Folha em 28 de julho com o artigo "Israel é aberração; os judeus, não" é a mesma proposta pelo Hamas e por sua carta constitutiva. É a mesma solução preconizada por outras organizações terroristas palestinas (e não pelos palestinos, representados pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas) e pelo Irã.
Críticas a Israel e à sua política são totalmente aceitáveis e é parte da discussão na mídia e entre nações. Preconizar e apoiar a ideia do fim de um Estado que tem todo o direito de existir, como o Brasil tem, é um ato de violência verbal. Soluções construtivas e positivas não incluem aniquilar um Estado ou sugerir seu desaparecimento.
O antissionismo exposto no artigo do colunista --a oposição à existência de Israel, que é a manifestação do movimento de liberação nacional do povo judeu-- é o modelo e a versão atualizada do antissemitismo, que hoje não está na moda e que não é "politicamente correto". Quando alguém diz que tem muitos conhecidos judeus e que não é antissemita é a melhor prova de que temos um antissemita diante de nós. E se, como faz o colunista, acrescenta comentários que não têm nada a ver com o tema em discussão, sobre o bairro Higienópolis, em São Paulo, por exemplo, são claras também as suas visões antijudaicas.
Israel não tem a mínima intenção de se suicidar para satisfazer a vontade do colunista, do Hamas ou do Irã e, assim, contribuir para tornar esse sonho realidade.
Junto de Ricardo Melo, poderíamos colocar o colunista Guilherme Boulos, que no seu artigo de 31 de julho ("A Palestina apagada do mapa") no site da Folha, com intenção e linguagem agressivas e agitadoras, comete vários erros e confusões históricas (intencionais ou por ignorância?) que, com o tamanho deste artigo, não conseguiria retificar. Boulos adere à visão de que não se deve confundir o leitor com fatos e realidades, mas tem que deturpá-los para fundamentar sua posição destrutiva e ignorante.
Ricardo Melo e os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) já resolveram os graves problemas prioritários dos brasileiros sem-teto e, por isso, têm tempo, recursos e conselhos para contribuir negativamente com a questão israelo-palestina? Ficamos felizes! Ou não seria a vontade de "pegar carona" em qualquer tema conflituoso que permitiria repudio, manifestações, agitação e a oportunidade de exteriorizar visões que transgridem claramente os limites da livre expressão, princípio aceito por países democráticos como Brasil e Israel e rejeitado rotundamente por países autoritários e por organizações extremistas, como o Hamas.
O principal inimigo dos palestinos é o Hamas, que sacrifica a vida de seus cidadãos no altar da proteção de seus mísseis, explosivos e túneis, cujo objetivo é assassinar sem distinção israelenses (20% dos quais são árabes), civis, homens mulheres e crianças.
Israel investe em mísseis defensivos e refúgios para proteger sua população civil e o Hamas "investe" e sacrifica descaradamente a vida de sua população civil, para proteger seus mísseis ofensivos.
Por muitas vezes neste conflito atual Israel propôs um cessar-fogo, mas o Hamas não aceitou --parece não estar interessado em poupar vidas palestinas em Gaza. É o culto da morte do terrorismo palestino (não de todos os palestinos) frente ao culto à vida e sua proteção por parte de Israel.
A solução do conflito entre israelenses e palestinos reside na proposta de dois Estados para dois povos e na constituição de um Estado palestino, ao lado de Israel, e não em vez de Israel, como propõem os dois colunistas aqui mencionados e também o Hamas e o Irã. Dois Estados que convivam em boa vizinhança, cooperação, bem-estar e progresso comuns para a prosperidade e a paz de seus povos e de todo o Oriente Médio.
04 de agosto de 2014
Yonel Barnea, Folha de SP
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