De duzentos e dois milhões de brasileiros, 79,8%, ou 161 milhões compõem a população com idade de trabalhar, isto é, são pessoas com 14 anos ou mais. Os outros 20,2%, ou 41 milhões são jovens e crianças com menos de 14 anos.
Da população em idade de trabalhar, isto é, dos 161 milhões de brasileiros, temos 61,1%, ou 98 milhões, que compõem a força de trabalho, ou seja, são as pessoas ocupadas e, também, as desocupadas, mas, que estão em busca do emprego no período de realização da pesquisa.
Os outros 39,9%, ou 63 milhões de brasileiros, se referem às pessoas que estão fora da força de trabalho, isto é, que durante o levantamento da pesquisa não estavam empregados, nem tampouco, procurando emprego. Essa parte da população é composta por 29,4% de jovens com menos de 25 anos, 36,9% de pessoas com 25 até 59 anos, e, 33,7% de idosos com 60 anos ou mais.
Voltando à população que compõe a força de trabalho, isto é, aos 98 milhões de brasileiros, a pesquisa revela que no primeiro trimestre deste ano, o número de gente trabalhando foi de 92,9%, ou 91,1 milhões. E os desocupados totalizaram 7,1%, ou, 6,9 milhões de trabalhadores.
Para se considerar desocupado o trabalhador ocioso tem, necessariamente, de estar procurando por emprego, senão é considerado pessoa fora da força de trabalho!
DESOCUPAÇÃO
Veja-se que a PNAD, pesquisa contínua, revela uma taxa de desocupação superior àquela apresentada mensalmente pelo próprio IBGE nas pesquisas mensais que englobam apenas seis regiões metropolitanas. A PENAD é realizada em todo o território nacional, e enquanto a última pesquisa mensal apontou uma taxa de desocupação da nossa força de trabalho de 4,9%, a PENAD, mais completa, portanto, mais certeira, revela que é de 7,1% a taxa de desocupação efetiva.
Em verdade, se somarmos à população desocupada, isto é, aos 6,9 milhões de trabalhadores sem trabalho ao contingente formado pelas pessoas que nem à procura de emprego estavam, isto é, às pessoas consideradas fora da força de trabalho – 63 milhões -, chegaremos a 69,9 milhões de pessoas que não estavam exercendo nenhuma atividade laboral.
Portanto, conforme mostram os dados da PNAD para o primeiro trimestre deste ano, dos 202 milhões de brasileiros, 41 milhões eram jovens demais para trabalhar, 69,9 milhões estavam efetivamente sem trabalho e apenas 91,1 milhões trabalhavam e mantinham o sistema econômico brasileiro ativo.
É muito pouca gente trabalhando (45%) para manter todo o sistema ativo!
26 de junho de 2014
Wagner Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário