ENQUANTO ROLA A COPA SEM COTA...
Enquanto corre a Copa sem Cota, o Brasil de outubro toma o jeito que a politicalha gosta. O fim de semana foi de convenções e de cúpulas partidárias de todas as dimensões. Uma coisa tipo assim bunga-bunga, bacanal de siglas para eleger suas vestais.
E vejam só os que nos esperam na boca da urna. Eles nem esperaram a Copa terminar: PSTU tem Zé Maria como candidato a presidente da República; o pastor Everaldo foi oficializado como o homem do PSC; Eduardo Jorge, vem pelo PV; Paulo Skaf está consagrado candidato do PMDB ao governo de São Paulo; pelos tucanos, Geraldo Alckmin, também; Dilma Vana, Aécio Neves e Eduardo Campos estão na boca, desde que o sol da liberdade surgiu no céu da pátria em raios fúlgidos. E, na boca do túnel Lulalá, à espera somente de que a Copa sem Cota termine.
LIGANDO COISA COM COISA
A Operação Lava Jato está agora ligando coisa com coisa: vem ligando os negócios públicos feitos por empresas privadas doadoras contumazes das campanhas dos melhores políticos do ramo e descobrindo o que é mesmo que uma coisa tem a ver com a outra. Ao andar nesse mapa de indícios criminais, a Polícia Federal começou a navegar num mar de lama. O ministro da Justiça, seu chefe maior, faz cara de paisagem.
SOBREVOOS
E então, a Copa sem Cota tem os céus povoados de helicópteros, zelosos guardadores das arenas e seus entornos. Não sobrou um sequer para levar Dilma Vana a sobrevoar as áreas de enchentes e deslizamentos que abalam o Paraná e Santa Catarina. Se fosse o Lula já teria avoado pra lá.
DESEMPREGADOS VOTADORES
O programa Bolsa Família deve consumir só este ano eleitoral cerca de R$ 28 bilhões. A grana, distribuída de mão beijada, não consegue esconder os mais de 14 milhões de desempregados só nessa fatia de ociosidade nacional. Essa dadivosa atenção, levando em conta o grupo de afinidade, pode ser tida e havida como coisa de pelo menos 40 milhões de votantes.
RIBOMBANDO NO PALÁCIO
Há murmúrios gritantes de que a vaia e os xingamentos lá no Itaquerão ribombaram dentro do Palácio do Planalto. Irritada com os apupos de retumbância internacional Dilma Vana soltou o pitbull que carrega dentro de si nos costados de assessores e ministros circunstantes. É disso que a gente está falando.
DÓI PRA BURRO
Por mais que uma biografia tenha sido montada em cima de torturas morais e ofensas físicas, um coro de milhares de vozes retumbando "vai tomar no olho do banho" dói demais; ofende pra burro. Dói mais e ofende mais o espírito de qualquer um do que deixar atravessado na garganta de um presidente ganancioso o fim daquela CPMF, o famigerado imposto de achaque ao cheque. Quem diria, no corpo do governo dói tanto uma vaia quanto o fim de um imposto. Aguarde, a vingança será maligna.
MINHA CHOUPANA
Agora o Minha Casa, Minha Vida poderá usar madeira. A autorização foi concedida para a Região Norte com o objetivo de baratear o custo dos imóveis. Peralá! Digam aí que barateia o custo, mas digam também melhora a qualidade que eu quero ver.
De onde o pobre usuário vai tirar grana para a manutenção anual de conservação da madeira? Vai ver que é do Bolsa Família que qualquer dia se transforma no A Bolsa ou a Vida.
Em todo caso, o governo acaba de lançar o Minha Choupana, Minha Vida. Nesse ritmo, qualquer dia lançam na Região Sul o Meu Rancho, Minha Vida.
INJEÇÃO LETAL
Dilma Vana deu uma injeção letal na campanha de seu ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, novo poste de Lula que é lançado hoje oficialmente como candidato ao governo de São Paulo.
Pelas pesquisas de sempre, Padilha tem 3% das intenções de voto. Sua plataforma principal seria as ligações que tem com o governo Dilma.
Dilma mandou dizer que não pode ir ao palanque de Padilha porque precisa se preparar para o jantar com Angela Merkel que veio ao Brasil para torcer pela seleção da Alemanha.
Só tem uma coisinha: ao mexer com Padilha, Dilma mexeu com Lula. Se a Copa sem Cota der com os burros n'água a porca vai torcer o rabo. Lula vem que vem.
26 de junho de 2014
in sanatório da notícia
Enquanto corre a Copa sem Cota, o Brasil de outubro toma o jeito que a politicalha gosta. O fim de semana foi de convenções e de cúpulas partidárias de todas as dimensões. Uma coisa tipo assim bunga-bunga, bacanal de siglas para eleger suas vestais.
E vejam só os que nos esperam na boca da urna. Eles nem esperaram a Copa terminar: PSTU tem Zé Maria como candidato a presidente da República; o pastor Everaldo foi oficializado como o homem do PSC; Eduardo Jorge, vem pelo PV; Paulo Skaf está consagrado candidato do PMDB ao governo de São Paulo; pelos tucanos, Geraldo Alckmin, também; Dilma Vana, Aécio Neves e Eduardo Campos estão na boca, desde que o sol da liberdade surgiu no céu da pátria em raios fúlgidos. E, na boca do túnel Lulalá, à espera somente de que a Copa sem Cota termine.
LIGANDO COISA COM COISA
A Operação Lava Jato está agora ligando coisa com coisa: vem ligando os negócios públicos feitos por empresas privadas doadoras contumazes das campanhas dos melhores políticos do ramo e descobrindo o que é mesmo que uma coisa tem a ver com a outra. Ao andar nesse mapa de indícios criminais, a Polícia Federal começou a navegar num mar de lama. O ministro da Justiça, seu chefe maior, faz cara de paisagem.
SOBREVOOS
E então, a Copa sem Cota tem os céus povoados de helicópteros, zelosos guardadores das arenas e seus entornos. Não sobrou um sequer para levar Dilma Vana a sobrevoar as áreas de enchentes e deslizamentos que abalam o Paraná e Santa Catarina. Se fosse o Lula já teria avoado pra lá.
DESEMPREGADOS VOTADORES
O programa Bolsa Família deve consumir só este ano eleitoral cerca de R$ 28 bilhões. A grana, distribuída de mão beijada, não consegue esconder os mais de 14 milhões de desempregados só nessa fatia de ociosidade nacional. Essa dadivosa atenção, levando em conta o grupo de afinidade, pode ser tida e havida como coisa de pelo menos 40 milhões de votantes.
RIBOMBANDO NO PALÁCIO
Há murmúrios gritantes de que a vaia e os xingamentos lá no Itaquerão ribombaram dentro do Palácio do Planalto. Irritada com os apupos de retumbância internacional Dilma Vana soltou o pitbull que carrega dentro de si nos costados de assessores e ministros circunstantes. É disso que a gente está falando.
DÓI PRA BURRO
Por mais que uma biografia tenha sido montada em cima de torturas morais e ofensas físicas, um coro de milhares de vozes retumbando "vai tomar no olho do banho" dói demais; ofende pra burro. Dói mais e ofende mais o espírito de qualquer um do que deixar atravessado na garganta de um presidente ganancioso o fim daquela CPMF, o famigerado imposto de achaque ao cheque. Quem diria, no corpo do governo dói tanto uma vaia quanto o fim de um imposto. Aguarde, a vingança será maligna.
MINHA CHOUPANA
Agora o Minha Casa, Minha Vida poderá usar madeira. A autorização foi concedida para a Região Norte com o objetivo de baratear o custo dos imóveis. Peralá! Digam aí que barateia o custo, mas digam também melhora a qualidade que eu quero ver.
De onde o pobre usuário vai tirar grana para a manutenção anual de conservação da madeira? Vai ver que é do Bolsa Família que qualquer dia se transforma no A Bolsa ou a Vida.
Em todo caso, o governo acaba de lançar o Minha Choupana, Minha Vida. Nesse ritmo, qualquer dia lançam na Região Sul o Meu Rancho, Minha Vida.
INJEÇÃO LETAL
Dilma Vana deu uma injeção letal na campanha de seu ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, novo poste de Lula que é lançado hoje oficialmente como candidato ao governo de São Paulo.
Pelas pesquisas de sempre, Padilha tem 3% das intenções de voto. Sua plataforma principal seria as ligações que tem com o governo Dilma.
Dilma mandou dizer que não pode ir ao palanque de Padilha porque precisa se preparar para o jantar com Angela Merkel que veio ao Brasil para torcer pela seleção da Alemanha.
Só tem uma coisinha: ao mexer com Padilha, Dilma mexeu com Lula. Se a Copa sem Cota der com os burros n'água a porca vai torcer o rabo. Lula vem que vem.
26 de junho de 2014
in sanatório da notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário