A situação é completamente distinta da eleição de 2010. Naquele pleito, realmente a presidenta precisava de Lula. Era sua primeira disputa eleitoral, portanto, o apoio do criador se tornou indispensável e deu certo.
O voto em Dilma na verdade era um voto em Lula, que lamentou não poder concorrer a um terceiro mandato. A conjuntura econômica também se demonstrou bastante favorável, em meio a crise na Europa e nos EUA deflagrada em 2008. Os reflexos ainda não havia chegado ao Brasil como agora em 2014.
Lula é o cacique chefe do PT, não tolera uma liderança que lhe faça perder o poder de mando. Prova disso foi a escolha do candidato presidencial por Lula. Pensou ele,que sua candidata faria tudo que seu mestre mandar, contudo, tal fato não aconteceu na totalidade, daí o grande drama dele e dela. Um drama com todas as nuances de um desfecho incalculável.
Se a candidata se reeleger, e provavelmente tudo caminha para isso, tal a fragilidade dos candidatos da oposição, ela será o novo cacique e comandará o governo sem nenhuma obediência ao líder operário. O segundo mandato será uma caixinha de surpresas e Lula sabe disso muito bem, pois tem uma intuição aguçada a última potência.
O ex-metalúrgico não tem outra saída a não ser apoiar a presidente, pois a segunda opção é a pior possível. Um governo do PSDB seria desastroso para o projeto de poder do PT. Agora, em relação ao futuro do país, tanto faz se der Tico ou se dar Taco, que tudo continuará na mesma Ou alguém tem alguma dúvida sobre isso?
26 de junho de 2014
Roberto Nascimento
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