"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

É NO QUE DÁ O "NÓS CONTRA ELES"...

A CANALHA (CACHACEIRO E SUA DESAVERGONHADA) VIVEM INSTIGANDO O "NÓS CONTRA ELES ". ENTONCES... BOCA FALA C...PAGA ! OU PARA OS PUDICOS : QUEM PLANTA VENTO COLHE TEMPESTADES.



Dilma Rousseff fez tudo para ir ao Itaquerão sem ser notada. Mas não teve jeito: ganhou vaias homéricas de presente da torcida presente ao estádio e xingamentos capazes de fazer corar quem estava por lá para ver a estreia do Brasil na Copa do Mundo. Já há algum tempo, a rotina da presidente tem sido esta: onde vai é homenageada com apupos pela plateia. O que hoje lhe chega apenas aos ouvidos em breve vai calar-lhe fundo na alma e na urna.

Ela até que tentou, mas não teve jeito.

 Escondida no espaço mais recôndito da tribuna de honra do Itaquerão, a presidente Dilma Rousseff fez tudo para passar incólume pela abertura da Copa do Mundo. Mas foi brindada por milhares de torcedores com vaias e xingamentos impublicáveis. 
Ela merece.

Foram pelo menos quatro ocasiões durante a partida em que o Brasil – com nosso escrete reforçado pelo juiz japonês Yuichi Nishimura – venceu a Croácia por 3 a 1 na estreia do Mundial, em São Paulo. Dilma foi homenageada com a galera gritando a plenos pulmões que ela fosse tomar no... deixa pra lá. Coitadinha.



Toda uma operação de guerra foi montada para que a presidente da República fosse ao estádio que custou mais de R$ 1,2 bilhão, a maior parte custeada com dinheiro público, sem ser notada. A ordem era “blindar” Dilma para que ela não recebesse apupos. Reservaram-lhe a cadeira mais escura do canto mais escondido das tribunas. 
Mas não deu: o povo não é bobo.
 
As primeiras vaias vieram logo após a cerimônia de abertura – se é que aquilo pode ser chamado de cerimônia (será que até isso deixaram para a última hora?)


Voltaram depois da execução do hino nacional – e olha que nem dá para falar de falta de patriotismo, porque a galera cantou toda a letra de Joaquim Osório Duque Estrada a plenos pulmões, mesmo que a Fifa não quisesse que fosse cantada.
 
Mas os xingamentos explodiram com força mesmo quando Dilma surgiu no telão após Neymar marcar seu gol de pênalti. Para desgosto da presidente, e contra as suas ordens, sua imagem foi mostrada pelas câmeras de TV para todo o mundo. E o Itaquerão veio abaixo, entoando seu grito por um tempo que, para a petista, deve ter soado como o mais longo da vida dela.

Vaias e Dilma Rousseff têm sido par indissociável de uns tempos para cá. O pontapé inaugural foi na memorável abertura da Copa das Confederações, um ano atrás em Brasília. Na ocasião, sobrou para a petistas declarar, em oito segundos e nada mais, “oficialmente aberta a Copa das Confederações Fifa 2013”. Agora, não deu nem para ela falar vírgula.
Em suas viagens pelo Brasil afora, Dilma tem sido brindada por vaias. 

Foi assim em abril, no Pará; em maio em Uberaba e na Paraíba. Até em show de música nossa querida presidente da República tem sido homenageada, como aconteceu no mês passado em Ribeirão Preto, com transmissão ao vivo e a cores para todo o Brasil de um corinho de mais de 40 mil vozes mandando 
 
Dilma ir tomar no... deixa pra lá.

Segundo o discurso oficial, gente assim, tão mal humorada, faz parte dos pessimistas que já entram em campo perdendo, como ela afirmou no pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão que fez à guisa de defender as memoráveis realizações de seu governo com vistas à Copa – e outras coisas que nada tinham a ver com o torneio.
Foram Dilma e seu partido que optaram por cindir o Brasil entre quem diz amém ao governo e quem mantém acesso seu espírito crítico e não corrobora com o estado atual de degeneração que a administração de turno pratica.

 A resposta tem vindo em altos decibéis: 

sobrou para a presidente colher, por ora apenas nos ouvidos, a indignação da nossa gente.


Seu patrono e tutor sequer ousa arriscar. 
 
Bem mais esperto que a pupila, Luiz Inácio Lula da Silva só se exibe perante plateias previamente docilizadas, sem o risco de topar de frente com o contraditório. De estádio, prefere nem passar perto – quanto mais ir de jumento, como jurou que era capaz de fazer para ver a seleção ou seu Corinthians jogar, porque de metrô é babaquice”.
As vaias que se reproduzem pelo país afora não são atos isolados.Não são atitude de gente debochada. 

São, isto sim, gritos de protesto de milhões que não veem a hora de virar a página e começar a escrever uma nova fase da nossa história. O que hoje dói apenas nos ouvidos da presidente da República em breve vai doer-lhe fundo na alma e na urna.

Vaias: ela merece! 
 
 Instituto Teotônio Vilela
16 de junho de 2014

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