“A burguesia tece (e fornece) a corda com que será enforcada”. (Lênin)
A revolução russa de 1917 não retirou do poder somente o Czar NICOLAU II e seus asseclas; trouxe no bojo o impulso revolucionário e a esperança de melhores dias para expressivos segmentos da classe operária mundial que passou a acreditar na ideia utópica da igualdade.
A nova ideologia contou, desde o alvorecer, com a simpatia de intelectuais, artistas e setores expressivos da academia brasileira, em uma época de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais.
A Semana de Arte Moderna, ocorrida em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal da cidade de São Paulo, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de ideias no terreno da cultura, na busca de uma identidade e de uma maneira mais livre de expressão, dominada à época por setores conservadores do pensamento.
Paralelamente ao movimento artístico, ocorreu em 25/03/1922, na cidade de Niterói/RJ, a fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), com o intuito de promover a revolução proletária, cujo objetivo principal era substituir a incipiente sociedade capitalista burguesa de então, por uma socialista mais justa.
A partir de junho daquele ano, entretanto, o PCB foi colocado na ilegalidade, condição que passaria na maior parte de sua existência, em razão principalmente, da tresloucada tentativa de tomada de poder pela luta armada, liderada pelo Capitão Luiz Carlos Prestes durante a Intentona Comunista de 27 de novembro de 1935.
Logo a seguir, o mundo viu-se envolvido pelos acontecimentos que desaguaram na 2ª Guerra Mundial, desconhecendo, assim, os horrores tristemente lamentáveis e o sinistro inventário de violências e desmandos, praticados pelo governo soviético, que só vieram à tona após a morte de STALIN e à ascensão de KRUSCHEV.
O novo governante, que conhecia os intestinos da repressão soviética , mesmo vivendo os tempos nebulosos da Guerra Fria, resolveu, para espanto de seus partidários e do mundo civilizado, denunciar as práticas do regime.
Apesar de todas as evidências, a canga pesada imposta pelos diversos regimes comunistas em todo o mundo durou bastante e somente veio a ser abalada após a queda do muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento do império soviético, em 1991.
O comunismo, como foi concebido por seus criadores, ruiu e terminou pela inadequação política e econômica de suas práticas e princípios; entretanto, os velhos comunistas, encastoados, hoje, nos inúmeros escaninhos do poder, incapazes de reconhecer o fracasso de suas ideias, continuam propondo, sob o manto eufemístico e difuso do termo SOCIALISMO e de acordo com os UCASSES elaborados pelo Foro de São Paulo, suas perniciosas ideias.
Não é novidade para o observador atento, o esforço que vem sendo realizado, coordenado e financiado pelo atual governo, desde a sua posse em 2011, para demonizar, antagonizar, esmaecer e desqualificar a importância do papel exercido pelas Forças Armadas no desenvolvimento do país e no movimento cívico-militar de 1964, que redundou na deposição do presidente João Goulart, (cujo cinquentenário se aproxima) através de medidas revanchistas e provocativas:
- a instalação unilateral da Comissão da Verdade, constituída por membros (todos) nomeados pela Presidente da República, que esteve envolvida diretamente em diversos episódios constrangedores e nebulosos da ação armada;
- a exumação dos restos mortais do ex-presidente JANGO, com evidentes objetivos eleitorais e sob a alegação de que o mesmo fora assassinado por agentes do governo de então;
- a procrastinação irritante do aparelhamento da Força Aérea Brasileira, transferindo, mais uma vez, a compra das aeronaves, cuja negociação arrasta-se por vários períodos governamentais;
- a redução e contingenciamento dos recursos para investimento nos orçamentos das três forças singulares, que comprometem o desenvolvimento de projetos essenciais, para a manutenção de sua operacionalidade.
Entristece, finalmente, constatar a visão estreita de políticos despreparados, que não possuem uma virtuosa e sadia MENTALIDADE DE DEFESA e de uma classe empresarial que está mais interessada em obter favores do governo, sempre disposto a acenar com migalhas, que são vorazmente aceitas por representantes que nada representam e empresários espertos e inescrupulosos.
Com isso, através de um nefasto sistema presidencialista de coalizão (de representações políticas antagônicas) o butim é repartido, em quarenta ministérios e mais de vinte mil cargos distribuídos por todo o país. Isso é o que interessa.
Constatamos, assim, que o velho vaticínio de LENINE continua bem atual. Para nossa tristeza, quem viver verá!
14 de dezembro de 2013
Carlos Augusto Fernandes dos Santos é General – Reformado.
Carlos Augusto Fernandes dos Santos é General – Reformado.
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