Há certas coisas que andam me incomodando nos caras que eu posso considerar que pensam mais ou menos como eu penso, que rezam da mesma cartilha liberal de direita que eu rezo, que não têm medo de rótulos e que dão a cara a tapa, na boa.
Basicamente é um triunvirato que começou com Olavo de Carvalho, depois com Reinaldo Azevedo e agora com Rodrigo Constantino. Há outros, como Guilherme Fiuza e Marco Antonio Villa, por exemplo, mas esses três andam mais em evidência.
Olavo e Reinaldo disputam pelo maior ego - não uma disputa direta, claro. O primeiro se julga detentor de todo o conhecimento da humanidade, um portento que elabora teorias da religião à física, passando pela política e a astrologia, tão “naturalmente” quanto eu, quando atravesso uma rua, a maioria delas tão absurdas quanto as suas “ousadas” contestações a Newton e a Darwin.
Já Reinaldo não tem veleidades científicas, mas em compensação se acha o dono da verdade em tudo que diga respeito a direito e política. Só que, apesar dele acertar muitas vezes, “Tio Rei” - apelido que infla ainda mais seu ego - simplesmente não admite contrapontos, que dirá, críticas.
Muitas vezes tentei comentar em seu blog, contestando, às vezes apenas detalhes sem importância, mas nunca fui “publicado”.
Ainda hoje o cara deu uma bela demonstração de como ele superdimensiona de seu prestígio ao dizer no blog que “eu os convido desde já a assinar a ficha do ‘Partido do Reinaldão e Seus Leitores’: PRSL. A gente consegue 400 mil assinaturas com os pés nas costas”.
Tá bom, mala sem alça.
Eu só espero que Rodrigo Constantino, que conheço por blogs há uns dez anos, não embarque nessa canoa de bestice dos donos da verdade. Por enquanto reclamo apenas do exagero com que ele emprega o termo “esquerda caviar”, título do seu novo livro, o que dá sempre a desagradável impressão de uma propaganda aonde ela não cabe. É uma forçação de barra desnecessária, porque ele já consolidou seus leitores, entre os quais me incluo, sem apelar.
Tudo que a direita liberal menos precisa é de gente que leva ao pé da letra a valorização do indivíduo, principalmente em se tratando de autoinflação de egos.
14 de dezembro de 2013
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