Sem sequer uma realização de vulto capaz de cativar o eleitor, parece que o governo petista estabeleceu o Programa Minha Casa, Minha Vida como um de seus principais trunfos na escalada rumo à reeleição de Dilma Rousseff.
A confiança dos sectários de Lula na repercussão do programa é tamanha que o governo se desfez definitivamente das amarras da moralidade e, desprezando o fato de 2013 ser um ano pré-eleitoral, despejou uma quantidade desproporcional de recursos na sua divulgação.
Só para se ter um noção da investida oficial nesse setor mais fragilizado da sociedade, que é atendido pelo Bolsa Família e soma vários milhões de votos, dados da Caixa Econômica Federal mostram a repentina elevação dos gastos. Em 2011, 261.000 reais. Em 2012, 1,7 milhão. Em 2013, até o final de julho, o governo já havia destinado a indecorosa soma de 15,7 milhões para divulgar o programa.
De acordo com esses números, se comparados com os gastos de 2011, para propagandear o programa habitacional Dilma Roussef autorizou um aumento de 5.900%. Para qualquer governo minimamente comprometido com a decência, esses dados seriam desmoralizantes.
Não consigo livrar-me da sensação de que está em marcha mais uma empulhação petista. Tudo indica que, presunçoso por natureza, o PT está decidido a apostar todas as suas fichas na decantada memória curta do eleitor, subestimando acintosamente a capacidade de indignar-se do povo brasileiro.
Aparentemente, os pesadelos das tardes-noites de junho já não o assombram mais. 2014 promete!
Desfrutando das delícias que aos cafajestes enleva, não será necessário ao partido, que Rui Falcão faz de conta que comanda, sequer desembarcar das asas da canalhice para fazer do Bolsa Família seu principal instrumento de persuasão. Impossibilitados de sentir o gozo que o bem feito propicia, seus emissários das novas que nunca são boas se darão por satisfeitos em sorver cada gota do caos que o relaxo condiciona. Extasiados com a índole crua que os perverte, entoarão a ode que os fascina: O absolutismo é logo ali!
Incentivado por uma oposição anêmica e autofágica, que ridiculariza, ignorando a justiça, da qual desdenha, e ajustando periodicamente os termos do contrato com a base aliada, que aluga, o Partido dos Trabalhadores vai consolidando cada vez mais sua hegemonia.
Sem ter nada a molestá-lo, sente-se desobrigado de mostrar à sociedade ao menos algum lampejo de reverência à prática da boa política e debocha da sociedade ao estipular a submissão como condicionante inegociável de sua justiça social forjada na têmpera podre do paternalismo rasteiro que alicia e elege.
Usurpador incontestável da verdade, o lulopetismo sente-se à vontade para se impor como força dominante e, insolente, não demonstra o menor constrangimento em manipular dados estatísticos nem, muito menos, de se beneficiar de dividendos eleitorais obtidos graças a imoral disseminação de peças publicitárias enganosas que vendem a imagem de um Brasil desenvolvido, comercializam a ilusão do virtuosismo administrativo e mentem quando induzem à lisura de seus gestores.
Do alto de sua estupidez, destila o veneno da cizânia com efeitos devastadores à unidade nacional, mas que alimenta sua sanha totalitária de impor ao País, como absoluta, a verdade torpe que emana naturalmente de sua lavra mentirosa.
Parida no desvario petista, nessa Xangri-Lá dos trópicos a corrupção faz parte de um passado remoto. Lá, a fome foi erradicada há muito e o vai-e-vem frenético dos trens de alta velocidade exalta o orgulho nacional.
No entanto, são apenas patifarias creditadas no extrato fraudulento de uma administração exemplar imaginária, que se esfarela quando confrontada com o Brasil de verdade.
Neste, corruptos contumazes são erigidos à condição de injustiçados e, com tratamento dispensados a heróis, são desagravados com altos cargos em algum ministério. Quadrilheiros condenados pela justiça desfilam, desafiadores, pelas passarelas da hipocrisia.
Dados publicados recentemente pelo IBGE dão conta que um em cada cinco jovens não trabalha nem estuda. A constatação, agravada pelo desempenho pífio na avaliação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), joga por terra a farsa petista, escancara a dura e triste realidade de um Brasil atrasado, famélico e miserável, que o conveniente esquecimento de Lula deixou de registrar em cartório.
Mais: denuncia a precariedade e as condições quase sub-humanas a que estão expostas milhões de pessoas jogadas ao próprio azar e que, sem nenhuma perspectiva de futuro que não esbarre nos limites impostos pelo Bolsa Família, têm na submissão silenciosa, que devora a autoestima e solapa a dignidade, a oportunidade derradeira de sobrevivência.
Pai da misericórdia, o destino generoso abre mão da revanche e dá uma excepcional oportunidade aos senhores da excelência administrativa, aos inquestionáveis representantes das causas populares e ao maior democrata da história da humanidade: provar que o Brasil Maravilha realmente existe.
Deixem de embalar o prelúdio para enganar gente inocente e se solidarizem com essa procissão de miseráveis e sobrevivam sem água potável, sem esgoto tratado, sem moradia digna, sem educação, sem saúde e com uma renda mensal de R$ 72,00 por cabeça se forem capazes, como eles são, apesar de vocês. Embusteiros!
14 de dezembro de 2013
MAURO PEREIRA
Só para se ter um noção da investida oficial nesse setor mais fragilizado da sociedade, que é atendido pelo Bolsa Família e soma vários milhões de votos, dados da Caixa Econômica Federal mostram a repentina elevação dos gastos. Em 2011, 261.000 reais. Em 2012, 1,7 milhão. Em 2013, até o final de julho, o governo já havia destinado a indecorosa soma de 15,7 milhões para divulgar o programa.
De acordo com esses números, se comparados com os gastos de 2011, para propagandear o programa habitacional Dilma Roussef autorizou um aumento de 5.900%. Para qualquer governo minimamente comprometido com a decência, esses dados seriam desmoralizantes.
Não consigo livrar-me da sensação de que está em marcha mais uma empulhação petista. Tudo indica que, presunçoso por natureza, o PT está decidido a apostar todas as suas fichas na decantada memória curta do eleitor, subestimando acintosamente a capacidade de indignar-se do povo brasileiro.
Aparentemente, os pesadelos das tardes-noites de junho já não o assombram mais. 2014 promete!
Desfrutando das delícias que aos cafajestes enleva, não será necessário ao partido, que Rui Falcão faz de conta que comanda, sequer desembarcar das asas da canalhice para fazer do Bolsa Família seu principal instrumento de persuasão. Impossibilitados de sentir o gozo que o bem feito propicia, seus emissários das novas que nunca são boas se darão por satisfeitos em sorver cada gota do caos que o relaxo condiciona. Extasiados com a índole crua que os perverte, entoarão a ode que os fascina: O absolutismo é logo ali!
Incentivado por uma oposição anêmica e autofágica, que ridiculariza, ignorando a justiça, da qual desdenha, e ajustando periodicamente os termos do contrato com a base aliada, que aluga, o Partido dos Trabalhadores vai consolidando cada vez mais sua hegemonia.
Sem ter nada a molestá-lo, sente-se desobrigado de mostrar à sociedade ao menos algum lampejo de reverência à prática da boa política e debocha da sociedade ao estipular a submissão como condicionante inegociável de sua justiça social forjada na têmpera podre do paternalismo rasteiro que alicia e elege.
Usurpador incontestável da verdade, o lulopetismo sente-se à vontade para se impor como força dominante e, insolente, não demonstra o menor constrangimento em manipular dados estatísticos nem, muito menos, de se beneficiar de dividendos eleitorais obtidos graças a imoral disseminação de peças publicitárias enganosas que vendem a imagem de um Brasil desenvolvido, comercializam a ilusão do virtuosismo administrativo e mentem quando induzem à lisura de seus gestores.
Do alto de sua estupidez, destila o veneno da cizânia com efeitos devastadores à unidade nacional, mas que alimenta sua sanha totalitária de impor ao País, como absoluta, a verdade torpe que emana naturalmente de sua lavra mentirosa.
Parida no desvario petista, nessa Xangri-Lá dos trópicos a corrupção faz parte de um passado remoto. Lá, a fome foi erradicada há muito e o vai-e-vem frenético dos trens de alta velocidade exalta o orgulho nacional.
No entanto, são apenas patifarias creditadas no extrato fraudulento de uma administração exemplar imaginária, que se esfarela quando confrontada com o Brasil de verdade.
Neste, corruptos contumazes são erigidos à condição de injustiçados e, com tratamento dispensados a heróis, são desagravados com altos cargos em algum ministério. Quadrilheiros condenados pela justiça desfilam, desafiadores, pelas passarelas da hipocrisia.
Dados publicados recentemente pelo IBGE dão conta que um em cada cinco jovens não trabalha nem estuda. A constatação, agravada pelo desempenho pífio na avaliação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), joga por terra a farsa petista, escancara a dura e triste realidade de um Brasil atrasado, famélico e miserável, que o conveniente esquecimento de Lula deixou de registrar em cartório.
Mais: denuncia a precariedade e as condições quase sub-humanas a que estão expostas milhões de pessoas jogadas ao próprio azar e que, sem nenhuma perspectiva de futuro que não esbarre nos limites impostos pelo Bolsa Família, têm na submissão silenciosa, que devora a autoestima e solapa a dignidade, a oportunidade derradeira de sobrevivência.
Pai da misericórdia, o destino generoso abre mão da revanche e dá uma excepcional oportunidade aos senhores da excelência administrativa, aos inquestionáveis representantes das causas populares e ao maior democrata da história da humanidade: provar que o Brasil Maravilha realmente existe.
Deixem de embalar o prelúdio para enganar gente inocente e se solidarizem com essa procissão de miseráveis e sobrevivam sem água potável, sem esgoto tratado, sem moradia digna, sem educação, sem saúde e com uma renda mensal de R$ 72,00 por cabeça se forem capazes, como eles são, apesar de vocês. Embusteiros!
14 de dezembro de 2013
MAURO PEREIRA
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