OU: O INCRÍVEL CASO DO MENINO MUITO SENSÍVEL QUE NÃO GOSTA DE FATOS.
OU: EU, O "RESSENTIDO"
Giovane não gosta da razão (ou do "culto da racionalidade", como ele escreveu no primeiro texto). Diz isso, e alega um suposto "princípio ético" ao ter postado um comentário aqui. Princípio ético que pelo visto esqueceu na hora de escrever seus dois textos inacreditáveis, já que cita meus textos sem refutá-los e, de quebra, ainda me brinda com um modelo de argumentação ad hominem, como vocês verão adiante. Rebati tudo que ele escreveu, mas ele acha pouco. Mais: ele não está nem aí. Tanto que, em vez de dizer onde eu errei ou faltei com a verdade, ele se limita a dizer que eu "não entendi" o que ele escreveu. De fato, não entendi até agora. Se eu tivesse de apostar, diria que ele escreveu o que escreveu para negar fatos inegáveis sobre seu ícone/deus/pai. É a hipótese mais provável. E ainda faz o que deve achar uma ironia sofisticadíssima: "não sou professor de pré-primário". Não duvido. Para ser professor, mesmo que de criancinhas, tem de ter algum apreço pela inteligência. Não parece ser seu caso.
Não para por aí. Giovane não somente desconhece lógica elementar, como também tem dificuldades sérias com interpretação de textos. Ele diz que eu insinuo, por exemplo, que ele seria "chavista, esquerdista, comunista e que meu texto é [SIC] um culto à personalidade, que não condiz com os fatos sobre Mandela." Isso porque lembrei que o culto à personalidade de Mandela é comparável ao do cadáver de Hugo Chávez, inclusive na cafonice ("Ele não morreu, vive em nossos corações" etc.). Ou seja: ele não sabe a diferença entre uma comparação, uma figura de linguagem, e uma insinuação de fato. E ainda diz que eu "não sei ler"...
A única parte mais ou menos honesta do novo texto de Giovane é quando ele repete que não vai refutar nada que eu disse. À essa confissão de inépcia argumentativa ele acrescenta que o que escrevi "mostra que ele (ou seja: eu) não sabe ler nem escrever com a cabeça livre". Fico pensando o que seria "ler e escrever com a cabeça livre"... Seria escrever livre de fatos e da razão? Vai ver é isso... Se for esse o caso, então realmente não consigo.
OU: EU, O "RESSENTIDO"
Lá vou eu dar um pouco mais de atenção ao tal de Giovane e rebater o que ele escreveu mais uma vez sobre mim. Giovane é admirador/fã/tiete/devoto de Nelson Mandela. Não do Mandela real, do Mandela-homem, de carne e osso, que comandou o CNA e que foi amigo de ditadores, como mencionei anteriormente. Mas do Mandela-mito, o Mandela Nobel da Paz, o Mandela da música, das celebridades, da Madonna e do Bono Vox. É sobre esse Mandela, o da propaganda, que Giovane quer falar, e dele somente. Eu estou em outra, como vocês sabem.
Giovane tem um blog. O Blog do Giovane. Rebati, ponto a ponto, um texto que ele escreveu, em que cita meu blog. Achei que o rapaz já tinha entendido o recado. Uma pessoa honesta ou, pelo menos, minimamente inteligente, teria percebido a gafe, pediria desculpas pelas besteiras que disse, prometeria estudar um pouco mais e colocaria a viola no saco. Ou então, passaria ao contra-ataque, tentando achar algum erro factual ou lógico em minha argumentação. Mas não o Giovane. Ele está acima desse tipo de coisa mundana. Em lugar de rebater meu texto, com fatos e lógica, ele comete mais um, no qual prefere insistir em me citar sem me refutar. Pior: insiste em me chamar de "ressentido" e outros adjetivos por essa minha mania de colocar fatos à frente de cultos à personalidade (algo que exala um indisfarçável odor de totalitarismo, e o caso de Mandela não é exceção). Vamos lá, mais uma vez. Já que o Mandela-boy não se emenda, espero que pelo menos os leitores do blog tirem algum proveito.
Giovane não gosta de fatos sobre Nelson Mandela. Ele acha que isso é coisa de gente ressentida, invejosa. Tanto que só escreve a palavra entre aspas ("fatos"). Tem, portanto, a obrigação de refutá-los, mostrar que são falsos, mas não é isso que faz. Para ele, não importa que os fatos sejam verdadeiros ou não (aliás, ainda espero provarem que os fatos que mencionei são falsos). Ele também não gosta de refutar argumentos. Tanto que novamente não o faz, e reconhece isso abertamente. Em vez disso, menciona meu blog. Cita meu texto, diz que ele é um amontado de clichês, mas não refuta NADA que está lá escrito... Simplesmente me chama de "ressentido", e pronto. E ainda diz que não faz "argumentação ad hominem". (!!!!)
Giovane não gosta da razão (ou do "culto da racionalidade", como ele escreveu no primeiro texto). Diz isso, e alega um suposto "princípio ético" ao ter postado um comentário aqui. Princípio ético que pelo visto esqueceu na hora de escrever seus dois textos inacreditáveis, já que cita meus textos sem refutá-los e, de quebra, ainda me brinda com um modelo de argumentação ad hominem, como vocês verão adiante. Rebati tudo que ele escreveu, mas ele acha pouco. Mais: ele não está nem aí. Tanto que, em vez de dizer onde eu errei ou faltei com a verdade, ele se limita a dizer que eu "não entendi" o que ele escreveu. De fato, não entendi até agora. Se eu tivesse de apostar, diria que ele escreveu o que escreveu para negar fatos inegáveis sobre seu ícone/deus/pai. É a hipótese mais provável. E ainda faz o que deve achar uma ironia sofisticadíssima: "não sou professor de pré-primário". Não duvido. Para ser professor, mesmo que de criancinhas, tem de ter algum apreço pela inteligência. Não parece ser seu caso.
Giovane acha que fiquei "visivelmente ofendido" com o que ele escreveu a meu respeito (tolinho: estou rindo até agora). Ele diz isso porque me dei ao trabalho de responder a seu texto, e publiquei alguns comentários no seu blog. Eu achava que, ao fazer isso, eu estava sendo apenas honesto. Ele também acha que sou "vingativo" e duvida de minha racionalidade (que ele despreza, diga-se), entre outras coisas, porque eu disse "quem escreve o que quer, lê o que não quer" (uma grande "ameaça", como se pode ver...). Fico me perguntando por que eu quereria me vingar de alguém que me faz rir tanto com essas pérolas...
Giovane não dá o braço a torcer, e logo após recordar que não refutou nada que escrevi em meu blog, diz que respondeu meu comentário "de forma mais racional" (logo ele, que diz desprezar a racionalidade e os fatos...). E escreveu uma joia de sintaxe estropiada: "(logo vou deixar um link para a resposta dele, onde sou chamado de "emotivo"), dizendo, resumidamente, que a intenção do meu texto não era a que ele esperava, e que se ele ficou ofendido, era melhor repensar sobre [SIC] meu objetivo." Oi???
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Giovane é um emotivo, uma alma muito sensível, como já escrevi. Tão sensível e tão emotivo em relação a Mandela que, além de desdenhar a lógica e os fatos, como ele mesmo admite, adivinha intenções ocultas atrás de minhas palavras, como se fosse dotado de dons telepáticos "(considero um elogio, mas sei que a intenção não era essa)". E se atrapalha com as próprias palavras, como um bebê com um brinquedo que não sabe usar. Ele diz, por exemplo, que procuro atacar sua "argumentação lógica" (como se fosse possível atacar algo que não existe... o rapaz não entende ironia) e que "tentei refutar" cada trecho de seu texto (não "tentei": REFUTEI, ponto a ponto, seu texto, que transcrevi integralmente). Volta a colocar os fatos que citei sobre Mandela entre aspas (mais uma vez: ele não refuta nenhum deles). E ainda solta a seguinte barrigada: "Disse que não vale a pena responder a textos como o meu, mas mesmo assim, o fez: querendo ou não, é coisa de gente ressentida." Respondi e respondo de novo, como estou fazendo agora, e pelo mesmo motivo: porque me citou. Pelo teor, realmente não vale a pena responder. "Ressentido", é? Agora é assim que se chama quem se baseia em fatos e não embarca em babações de ovo coletivas? Querendo ou não, é coisa de gente deslumbrada.
Não para por aí. Giovane não somente desconhece lógica elementar, como também tem dificuldades sérias com interpretação de textos. Ele diz que eu insinuo, por exemplo, que ele seria "chavista, esquerdista, comunista e que meu texto é [SIC] um culto à personalidade, que não condiz com os fatos sobre Mandela." Isso porque lembrei que o culto à personalidade de Mandela é comparável ao do cadáver de Hugo Chávez, inclusive na cafonice ("Ele não morreu, vive em nossos corações" etc.). Ou seja: ele não sabe a diferença entre uma comparação, uma figura de linguagem, e uma insinuação de fato. E ainda diz que eu "não sei ler"...
A única parte mais ou menos honesta do novo texto de Giovane é quando ele repete que não vai refutar nada que eu disse. À essa confissão de inépcia argumentativa ele acrescenta que o que escrevi "mostra que ele (ou seja: eu) não sabe ler nem escrever com a cabeça livre". Fico pensando o que seria "ler e escrever com a cabeça livre"... Seria escrever livre de fatos e da razão? Vai ver é isso... Se for esse o caso, então realmente não consigo.
Em seguida, o jovem cheerleader mandelista diz que, por mais "brochante" [SIC] que pareça, vai tentar explicar seu texto. Eu me contentaria que ele explicasse por que não leva nenhum dos fatos que citei sobre Mandela em consideração. Porque o texto dele é inexplicável. Aliás, quem se propõe a explicar a si mesmo num texto sobre outra pessoa já está dizendo que está fora do alcance de qualquer explicação racional. E isso, realmente, é algo bem broxante (além de desonesto e um bocado egocêntrico).
Giovane diz que não está preocupado com política o tempo todo (deve achar que é o meu caso: minha maior preocupação é com a honestidade moral e intelectual). Na verdade, ele parece não se preocupar com política em tempo nenhum, pelo menos no caso de Mandela. Também diz que não tem ideologia política alguma [SIC] (a exceção deve ser a ideologia mandelista...). E sai com essa: "A direita e a esquerda incultas fazem o que o autor do Blog do Contra fez: analisam as coisas de acordo com suas ideologias políticas." Não conheço nenhum autor, filósofo, historiador ou cientista político, de esquerda, direita ou centro, culto ou inculto, que não tente basear suas análises em alguma forma de ideologia política. Giovane deve ser um caso único. E ainda compara quem se interessa por política a um "amigo chato que só fala em futebol, que não consegue pensar em algo novo e que vai morrer fracassado, com uma bandeira comunista ou anti-comunista -- não interessa se o comunismo ainda existe ou não, viver no passado "é o que há" para um fracassado." etc. A conclusão, pelo contexto da frase, é que "viver no passado" é lembrar fatos omitidos em torno de um personagem por aqueles que o erigiram em objeto de culto quase religioso. Segundo essa linha de raciocínio, historiadores e biógrafos, por exemplo, são todos uns fracassados...
Giovane diz que não está "interessado em ideologias políticas" (nem na Política, nem em História, nem na biografia de Mandela) e que por isso fez um texto "que não tem como tema central, de forma alguma, a política", mas sim uma "análise sobre o Nelson Mandela que derrotou o Apartheid apenas com a conversa" (como se o apartheid tivesse caído apenas pela lábia do Madiba... como já afirmei antes, o fim do regime foi o resultado de uma série de fatos históricos e políticos, que Giovane ignora por completo). Mais uma vez, fica claro o problema de tentar fazer uma "análise", como ele diz, de uma figura histórica e política ignorando a História e a política.
Mais Giovane: "citei o Blog do Contra, já que nele estavam todos os argumentos dos quais queria utilizar como exemplo do que não fazer, expondo o pensamento ideológico e, logo depois, teorizando, mesmo que em poucas linhas, sobre onde se encaixa o "ressentimento", que é um conceito filosófico, ao contrário do que foi citado no texto-resposta (o autor do contra acredita que é psicanalítico)." A sintaxe, assim como a lógica, realmente não é o forte do rapaz...
(By the way, não ignoro que o ressentimento seja um conceito filosófico, e não psicanalítico. Apenas o rapaz não sabe manejar o conceito, como não sabe manejar a lógica: se soubesse, não atribuiria minha crítica ao culto à personalidade de Mandela ao "ressentimento". Seu ressentimento com fatos que destoem do oba-oba, porém, está bem caracterizado, e desconfio que tenha um fundo psicológico.)
Mais adiante, Giovane diz usar "mais argumentos da filosofia" (quais? de que corrente ou escola filosófica?) para entoar o cântico necrofílico de que "Mandela morreu apenas simbolicamente e que ele está vivo em nossos corações" (lembram dos chavistas? pois é... pelo visto ele não os conhece). E repete, usando o plural majestático, que "não precisamos nos preocupar com a ausência do Mandela, pois já absorvemos o que admiramos dele, assim como os ressentidos absorveram apenas o lado ruim de Nelson Mandela". E tome blábláblá e panegírico. Diz que "o sujeito" (ou seja: eu) "não entendeu que o que eu quis dizer, é que podemos aprender muito com Mandela, inclusive com seus erros. É preciso ser forte para sofrer humilhações morais e físicas durante a vida inteira, e conseguir dar a volta por cima, abdicando da violência, e utilizando a Comissão da Verdade não para a vingança, e sim para o exemplo." E logo na frase seguinte se contradiz flagrantemente (ei, ele mandou a razão às cucuias, lembram?): "Essa grandeza não foi negada pelo administrador do Blog do Contra." Exatamente! Lembrei o papel importante de Mandela na transição para o fim do apartheid, e no apaziguamento entre brancos e negros após sua saída da prisão. Lembrei também diversos fatos pouco lisonjeiros de sua biografia. Enfim, citei os dois lados do Mandela, o rapaz apenas um lado. Ele absorveu apenas o Mandela da propaganda, o Mandela pop. Para ele Mandela é uma figura unidimensional, todo amor e pureza. Para mim, existe o Mandela dos fatos, o Mandela da História. Por esse motivo eu seria um "ressentido", alguém que "preferiu ficar apenas no campo da política e não no da inteligência." Como se política e inteligência, nesse caso específico, fossem coisas distintas! Mais: como se negar ou ignorar (vamos lá, mais uma vez) FATOS fosse uma atitude de gente inteligente!
Apesar de tudo isso, Giovane não volta atrás no que escreve (REPITO: SOBRE MINHA PESSOA, MEU BLOG E MEU TEXTO, E NÃO SOBRE MEUS ARGUMENTOS A RESPEITO DE MANDELA, O QUE ELE IGNORA TOTALMENTE). Ainda por cima, ele se diz um incompreendido ("Sei que quem leu meu texto de cabeça fria conseguiu entendê-lo além do que escrevi" e "Quem leu de forma inteligente, não estava procurando uma cartilha sobre o comportamento do Mandela" etc.). Tudo para tentar justificar o fato de não mencionar, em nenhum momento, nada que escrevi SOBRE MANDELA. E ainda força a mão para defender o indefensável: "Também acreditei, por um momento, que a resposta ao meu texto seria uma reflexão, mesmo que oposta a minha, e não apenas outra publicação cheia de "fatos"" (novamente, entre aspas). Ou seja: quer uma "reflexão" sobre um personagem histórico que dispense os fatos... Reflexão sem fatos. Pois é.
A torrente de besteira pseudo-filosófica não cessa. Ele ainda finge ter "errado" por topar um debate (achei que era um debate) comigo: "Errei novamente, e reconheço isso. Foi ingenuidade acreditar que alguém que preza tanto pela racionalismo, como se ainda estivesse no iluminismo, fosse ter sensibilidade de fazer uma análise diferente da que fez anteriormente, sem conseguir ultrapassar o cunho político." Ou seja: como eu viveria, segundo ele, no Século XVIII (enquanto ele vive num mundo atemporal e metafísico só dele, como os nerds que cultuam a série O Senhor dos Anéis), eu não seria capaz de apreender sua argumentação tão elevada e sofisticada pois, sendo eu uma máquina totalmente racional, faltar-me-ia a sensibilidade necessária para falar de Mandela e "ultrapassar o cunho político"... (Ou seja: os fatos).
Depois, tomando-me como arquétipo do que seria a "direita" (gente como ele, apesar da pose "pós-ideológica", só consegue "pensar" em bloco), Giovane diz "A direita e a esquerda olham para Mandela e só o enxergam abraçado com Fidel Castro." Bom, olho para as homenagens póstumas a Mandela (e aí incluo os textos do Giovane) e vejo ali o culto da personalidade. O rapaz olha para Mandela e vê um santo, um semideus ou um herói sem manchas. Ou seja: não vê os fatos. E, tentando parecer acima das ideologias (na verdade, acima da realidade, como o Barão de Munchausen), afirma o seguinte: "Dos dois lados, o abraço transforma Mandela em um comunista, o que é apoiado pela extrema esquerda e condenado pela extrema direita." (Como se somente houvesse esses extremos em política.) Se tivesse pesquisado um pouquinho, teria percebido que Mandela não se tornou comunista por ter abraçado Fidel Castro. Isso porque Mandela ERA MEMBRO DO PARTIDO COMUNISTA DA ÁFRICA DO SUL (vejam o link abaixo)! Em 1961, inclusive, ele impôs ao CNA uma aliança com os comunistas, que transferiram know-how ao CNA em técnicas de conspiração e sabotagem. Mas isso, claro, é um fato, e Giovane já demonstrou que não dá a mínima para fatos. Fatos são para gente burra, sentenciou. Ele é sensível demais para se preocupar com isso...
Tem mais: "Não conseguem perceber que Nelson Mandela não abdicou só da violência, mas também das posições políticas" (Mandela abdicou das posições políticas? De qualquer posição política? Virou um ser completamente apolítico? uma criatura etérea, acima da humanidade, sentado à direita de Deus-Pai Todo-Poderoso, talvez?) "Esteve acima de esquerda e direita quando pôs fim ao Apartheid." (Sempre esteve à esquerda do espectro político, tanto que jamais criticou seu amigo Fidel Castro. E mais uma vez: não, não foi ele, Mandela, que "pôs fim ao apartheid". Foi a pressão internacional, o fim da Guerra Fria, o bom senso do De Klerk etc. Enfim, foi uma obra coletiva. Estude História, meu jovem!) E essa: "Governou seu país e começou a construir uma democracia livre de qualquer ideologia senão a da igualdade social, o que é difícil em países como a África do Sul." "Igualdade social" é uma ideologia?
No final, o menino acha que encontrou um argumento definitivo para me desacreditar: "Acreditei que meu último erro, ao escrever o texto anterior e também esse, foi o de dar atenção para um cara que lê Olavo de Carvalho e Magnoli." Quem escreveu isso foi o mesmo cara que disse negar usar da argumentação ad hominem, típico expediente de quem quer fugir do debate. (Eu ia perguntar se ele já leu algum livro ou artigo de Olavo de Carvalho ou de Demétrio Magnoli, mas nem precisa perguntar...).
E mais essa: "Eu já suspeitava dos seus argumentos tão veementes contra o comunismo. Achei, no entanto, que suas referências literárias viessem de intelectuais de direita de verdade, como o Pondé, que consegue ir além do comunismo, mas não tinha visto os livros que são recomendados em seu blog." Além do ato falho ("suspeitava" de argumentos contra o comunismo... o que há de "suspeito" na oposição a uma ideologia totalitária e genocida?), o bocó revela falta de atenção, um sintoma de dislexia. Um dos livros que recomendo e cuja capa está bem visível no blog é Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, do Pondé. Outro é Por Que Virei à Direita, que tem entre seus autores o mesmo Luiz Felipe Pondé... O idiota não é só desonesto e vive no mundo da lua: é disléxico.
Prosseguindo no vexame, diz ainda: "No entanto, eu não estava errado: minha intenção, desde o início, é expor argumentos e usá-los como exemplo." Até agora espero esses argumentos. E finaliza, tirando o corpo fora, com ar de quem está realmente sendo sincero ao acreditar nas próprias palavras: "Peço desculpas ao autor do Blog do Contra por não ficar aqui refutando argumentos. A internet está aí para quem quiser rebater os argumentos da esquerda ou da direita, é só pesquisar. No meu caso, já passei dessa fase." Caro Giovane: não peça desculpas a mim. Peça desculpas aos fatos, à História, por tê-los desprezado tão acintosamente. Peça desculpas à verdade. Quanto ao "já passei dessa fase", não duvido. Do "Massinha Nível I", deve ter ido para o "Massinha Nível II". Vai demorar um tempinho até você aprender a tomar sorvete sem molhar a nuca. Mas acredito que, com algum esforço, um dia você consegue.
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Escrevi tudo isso acima mas o fato é que não estou aqui para falar do Giovane, nem de mim. Estou aqui para falar de Mandela, ou melhor: do mito Mandela. E os fatos que mencionei sobre Mandela ainda esperam ser refutados. Ei-los:
- Mandela, a pomba da paz, comandou o braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), responsável por dezenas de atos terroristas, muitos dos quais vitimaram inocentes;
- Mandela, o defensor dos direitos humanos, foi amigo de tiranos e ditadores assassinos como Fidel Castro, Muamar Kadafi e Robert Mugabe;
- Mandela, o herói da democracia, foi membro do Partido Comunista (vejam aqui:
- Seus sucessores e herdeiros políticos são notórios ladrões e corruptos, e a África do Sul de hoje, sob a tutela do CNA, tornou-se um antro de corrupção, desigualdade, AIDS e violência.
Enfim, são fatos, nada mais do que fatos. Tem gente que prefere ignorá-los. Fazer o quê? Que se danem. Não os fatos, mas os que os desprezam. Estes desprezam a própria inteligência.
14 de dezembro de 2013
in blog do contra
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