PIB dos EUA no 3º trimestre tem expansão de 3,6%. Resultado foi melhor que expectativa dos analistas, que era de 3%
WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o inicialmente estimado no terceiro trimestre, com os empresários agressivamente acumulando estoques, mas a demanda doméstica permaneceu lenta. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu à taxa anual de 3,6%, em vez dos 2,8% divulgados anteriormente, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que a expansão do PIB seria revisada para 3,0%. O ritmo do terceiro trimestre é o mais rápido desde o primeiro trimestre de 2012 e marcou uma aceleração ante a taxa de 2,5% do período entre abril e junho.
- Como a acumulação de estoques pode ter sido involuntária, poderemos ver uma redução neste trimestre, o que vai representar certos riscos à performance do PIB no quatro trimestre - afirmou o economista-sênior do TD Securities Millan Mulraine.
A contribuição dos estoques havia sido estimada anteriormente em 0,8 ponto percentual. Excluindo estoques, a economia cresceu a uma taxa de 1,9%, em vez do ritmo de 2,0% previsto no mês passado. Um indicador de demanda interna cresceu a uma taxa de apenas 1,8%, provavelmente insuficiente para convencer o banco central norte-americano a reduzir as compras de ativos em dezembro..
Pessimismo para o 4º trimestre
O Fed vem comprando US$ 85 bilhões mensais em bônus para manter os custos de empréstimos baixos, mas autoridades têm dito que o programa pode ser reduzido nos próximos meses. O presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, que não vota neste ano nem no próximo, afirmou que um trimestre forte não representa tendência.
- Não estou preparado para interpretar o dado revisado do terceiro trimestre como um indicativo de que a economia está num ritmo de crescimento mais forte - afirmou Lockhart.
O forte acúmulo de estoques diante da desaceleração da demanda significa que as empresas terão de reduzi-los, o que vai pesar sobre o crescimento do PIB neste trimestre. As estimativas de crescimento do quarto trimestre já estão pessimistas, com uma paralisação de 16 dias do governo em outubro devendo cortar até meio ponto percentual do PIB. As expectativas sobre o crescimento no quarto trimestre giram abaixo de 2%.
'Otimismo cauteloso' para o futuro
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foram revisados para baixo a uma taxa de 1,4%, a menor desde o quarto trimestre de 2009. As despesas haviam sido estimadas anteriormente em uma alta de 1,5%, e cresceram a uma taxa de 1,8% no período de abril a junho. Mas há razões para adotar um otimismo cauteloso sobre o consumo futuro.
Relatório do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos de auxílio desemprego caíram em 23 mil, para 298 mil na semana passada segundo dados ajustados sazonalmente. Ao lado do dado de forte de abertura de postos de trabalho no setor privado na quarta-feira, os pedidos de auxílio-desemprego sugerem que o mercado de trabalho está ganhando força.
O governo divulga na sexta-feira dados do emprego fora do setor agrícola, com a expectativa de criação de 180 mil postos no mês passado e queda da taxa de desemprego para 7,2%, ante 7,3%, de acordo com pesquisa da Reuters.
Os gastos das empresas foram revisados para cima, mas estimativas de construção residencial foram reduzidas. O déficit comercial foi maior do que o estimado anteriormente, resultando em um impacto neutro do comércio para o crescimento no terceiro trimestre.
Um outro relatório, do Departamento do Comércio, mostrou que as encomendas por bens industriais caíram 0,9%, após alta de 1,8% em setembro. Mas as encomendas de bens de capital fora do setor de defesa, excluindo aerenovos -considerado como uma medida de confiança empresarial e planos de gastos - caiu 0,6% em outubro em vez da queda de 1,2% reportada na semana passada.
05 de dezembro de 2013
Reuters
Economistas consultados pela Reuters esperavam que a expansão do PIB seria revisada para 3,0%. O ritmo do terceiro trimestre é o mais rápido desde o primeiro trimestre de 2012 e marcou uma aceleração ante a taxa de 2,5% do período entre abril e junho.
As empresas acumularam o equivalente a R$ 116,5 bilhões em estoques, o maior incremento desde o primeiro trimestre de 1998. O dado compara-se a estimativas anteriores de apenas US$ 86 bilhões. Os estoques representaram 1,68 ponto percentual no avanço do PIB registrado no trimestre de julho a setembro, a maior contribuição desde o quarto trimestre de 2011.
- Como a acumulação de estoques pode ter sido involuntária, poderemos ver uma redução neste trimestre, o que vai representar certos riscos à performance do PIB no quatro trimestre - afirmou o economista-sênior do TD Securities Millan Mulraine.
A contribuição dos estoques havia sido estimada anteriormente em 0,8 ponto percentual. Excluindo estoques, a economia cresceu a uma taxa de 1,9%, em vez do ritmo de 2,0% previsto no mês passado. Um indicador de demanda interna cresceu a uma taxa de apenas 1,8%, provavelmente insuficiente para convencer o banco central norte-americano a reduzir as compras de ativos em dezembro..
Pessimismo para o 4º trimestre
O Fed vem comprando US$ 85 bilhões mensais em bônus para manter os custos de empréstimos baixos, mas autoridades têm dito que o programa pode ser reduzido nos próximos meses. O presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, que não vota neste ano nem no próximo, afirmou que um trimestre forte não representa tendência.
- Não estou preparado para interpretar o dado revisado do terceiro trimestre como um indicativo de que a economia está num ritmo de crescimento mais forte - afirmou Lockhart.
O forte acúmulo de estoques diante da desaceleração da demanda significa que as empresas terão de reduzi-los, o que vai pesar sobre o crescimento do PIB neste trimestre. As estimativas de crescimento do quarto trimestre já estão pessimistas, com uma paralisação de 16 dias do governo em outubro devendo cortar até meio ponto percentual do PIB. As expectativas sobre o crescimento no quarto trimestre giram abaixo de 2%.
'Otimismo cauteloso' para o futuro
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foram revisados para baixo a uma taxa de 1,4%, a menor desde o quarto trimestre de 2009. As despesas haviam sido estimadas anteriormente em uma alta de 1,5%, e cresceram a uma taxa de 1,8% no período de abril a junho. Mas há razões para adotar um otimismo cauteloso sobre o consumo futuro.
Relatório do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos de auxílio desemprego caíram em 23 mil, para 298 mil na semana passada segundo dados ajustados sazonalmente. Ao lado do dado de forte de abertura de postos de trabalho no setor privado na quarta-feira, os pedidos de auxílio-desemprego sugerem que o mercado de trabalho está ganhando força.
O governo divulga na sexta-feira dados do emprego fora do setor agrícola, com a expectativa de criação de 180 mil postos no mês passado e queda da taxa de desemprego para 7,2%, ante 7,3%, de acordo com pesquisa da Reuters.
Os gastos das empresas foram revisados para cima, mas estimativas de construção residencial foram reduzidas. O déficit comercial foi maior do que o estimado anteriormente, resultando em um impacto neutro do comércio para o crescimento no terceiro trimestre.
Um outro relatório, do Departamento do Comércio, mostrou que as encomendas por bens industriais caíram 0,9%, após alta de 1,8% em setembro. Mas as encomendas de bens de capital fora do setor de defesa, excluindo aerenovos -considerado como uma medida de confiança empresarial e planos de gastos - caiu 0,6% em outubro em vez da queda de 1,2% reportada na semana passada.
05 de dezembro de 2013
Reuters
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