Embora desocupação deva encerrar ano no mínimo histórico de 6,3%, ‘perda do dinamismo econômico’ já se reflete em indicadores do mercado de trabalho
A lentidão do avanço econômico na América Latina põe em risco as melhorias no mercado de trabalho conquistadas durante a última década, alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório divulgado nesta terça-feira.
Embora o desemprego nas áreas urbanas de América Latina e Caribe deva cair a seu mínimo histórico em 2013 - o órgão estima que a taxa encerrará o ano em 6,3% -, a estagnação de alguns indicadores sobre o mercado de trabalho deixa claro o impacto da “perda do dinamismo econômico na região”. Em 2003, a taxa de desemprego na região era de 11,1%.
“Se a situação piorar e se ganhar abrangência, há risco de que o desemprego volte a subir e de que se aprofunde a disparidade nas condições de trabalho e a informalidade”, diz o Panorama do Trabalho 2013.
Entre os motivos destacados pela OIT para o esfriamento da economia está a deterioração no preço de commodities exportadas pela região e o achatamento dos gastos governamentais. Espera-se que a economia da região crescerá 2,7% este ano, a menor taxa da década. Desde o ano passado, avanço do Produto Interno Bruto (PIB) nos países da região se mostra abaixo da média mundial. Com isso, a expectativa é que o crescimento entre 2013 e 2017 ficará pelo menos um ponto percentual abaixo do registrado entre 2003 e 2007. Também paira incerteza sobre 2014, para quando é esperado crescimento de somente 3,1%.
O comportamento da taxa de desemprego entre os jovens nas cidades é um dos principais sintomas desse cenário, observa o órgão. O indicador cresceu de 14,2% para 14,5% de 2012 a este ano, atingindo 6,6 milhões de pessoas.
“A situação dos jovens no mercado de trabalho tende a ser mais sensível à situação econômica. Por isso, seus indicadores refletem mais rapidamente a desaceleração”, analisa o documento.
Esse grupo etário também apresenta maior taxa de informalidade: quase seis em cada dez jovens trabalham em empregos informais. O documento, no entanto, ressalta que a informalidade é um problema que afeta a qualidade do emprego em todas as idades na região: pelo menos 130 milhões de trabalhadores estão ocupados em serviços informais na América Latina e no Caribe.
A OIT também chama atenção para a desaceleração nos salários, que gozaram “crescimento notável” entre 2006 e 2011. Segundo o documento, na média dos nove países onde havia informação atualizada disponível, o salário real médio avançou apenas 1% no terceiro trimestre deste ano, contra aumento de 2,1% no mesmo período de 2012.
O órgão também destaca a timidez na evolução da rede de proteção social. A cobertura da assistência à saúde na região, por exemplo, alcançou 59,8% dos trabalhadores em 2012, pouco acima dos 59,6% cobertos no ano anterior.
17 de dezembro de 2013
O Globo
“Se a situação piorar e se ganhar abrangência, há risco de que o desemprego volte a subir e de que se aprofunde a disparidade nas condições de trabalho e a informalidade”, diz o Panorama do Trabalho 2013.
Entre os motivos destacados pela OIT para o esfriamento da economia está a deterioração no preço de commodities exportadas pela região e o achatamento dos gastos governamentais. Espera-se que a economia da região crescerá 2,7% este ano, a menor taxa da década. Desde o ano passado, avanço do Produto Interno Bruto (PIB) nos países da região se mostra abaixo da média mundial. Com isso, a expectativa é que o crescimento entre 2013 e 2017 ficará pelo menos um ponto percentual abaixo do registrado entre 2003 e 2007. Também paira incerteza sobre 2014, para quando é esperado crescimento de somente 3,1%.
O comportamento da taxa de desemprego entre os jovens nas cidades é um dos principais sintomas desse cenário, observa o órgão. O indicador cresceu de 14,2% para 14,5% de 2012 a este ano, atingindo 6,6 milhões de pessoas.
“A situação dos jovens no mercado de trabalho tende a ser mais sensível à situação econômica. Por isso, seus indicadores refletem mais rapidamente a desaceleração”, analisa o documento.
Esse grupo etário também apresenta maior taxa de informalidade: quase seis em cada dez jovens trabalham em empregos informais. O documento, no entanto, ressalta que a informalidade é um problema que afeta a qualidade do emprego em todas as idades na região: pelo menos 130 milhões de trabalhadores estão ocupados em serviços informais na América Latina e no Caribe.
A OIT também chama atenção para a desaceleração nos salários, que gozaram “crescimento notável” entre 2006 e 2011. Segundo o documento, na média dos nove países onde havia informação atualizada disponível, o salário real médio avançou apenas 1% no terceiro trimestre deste ano, contra aumento de 2,1% no mesmo período de 2012.
O órgão também destaca a timidez na evolução da rede de proteção social. A cobertura da assistência à saúde na região, por exemplo, alcançou 59,8% dos trabalhadores em 2012, pouco acima dos 59,6% cobertos no ano anterior.
17 de dezembro de 2013
O Globo
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