O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, minimizou nesta sexta-feira a derrocada da empresa OGX e o possível colapso de outras companhias do grupo do empresário Eike Batista e classificou o processo de “acidente”. De acordo com ele, a solicitação de recuperação judicial da OGX, feita na quarta-feira, não atrapalha nem prejudica a imagem do Brasil e do BNDES, que concedeu empréstimos ao grupo do empresário.
- O mercado sabe diferenciar perfeitamente e o mercado internacional é muito grande e sabe que acidentes acontecem não só no Brasil mas no mundo inteiro - afirmou Coutinho a jornalistas depois de participar de um evento em São Paulo sobre o mercado de capitais.
- É um acidente histórico sim. E o risco para o BNDES é zero. Já repeti isso 300 vezes - reagiu.
De acordo com Coutinho, a “posição remanescente (da OGX no BNDES) é pequena e está garantida por fianças bancárias de instituições sérias”.
Em sua palestra no seminário, o presidente do banco de fomento ele reforçou a necessidade de o mercado de debêntures se desenvolver e ser usado como complemento para “o leque de alternativas de financiamento de longo prazo” como apoio aos empréstimos do próprio BNDES.
- O BNDES seguirá dando suporte, mas não é suficiente para dar conta da massa de financiamento necessária para a execução dos grandes projetos de infraestrutura.
Ele lembrou que a emissão de títulos de infraestrutura neste ano atingiu R$ 4,5 bilhões e previu que em “um ano ou um ano e meio” chegará a R$ 9 bilhões. Coutinho acrescentou que o desafio agora é dar maior liquidez ao mercado secundário e garantiu que o BNDES está ajudará nesta tarefa.
02 de novembro de 2013
Roberta Scrivano - O Globo
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