"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DILMA VENDE GALEÃO E CONFINS AO CONSÓRCIO ODEBRECHT POR R$ 20,8 BILHÕES

Governo concede aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) por R$ 20,8 bi

O governo arrecadou R$ 20,84 bilhões com o leilão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ) realizado nesta sexta-feira (22) na BM&F Bovespa, em São Paulo.
O valor é 251% superior aos R$ 5,9 bilhões mínimos previsto na disputa.
 
No último leilão de aeroportos, em 2012, a "[diferença (ágio) havia sido de 373,5%]"http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1044584-governo-concede-aeroportos-por-r-245-bilhoes-valor-347-superior-ao-esperado.shtml:, quando os consórcios pagaram ao todo R$ 24,5 bilhões por Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e Juscelino Kubitschek (Brasília).
 
O consórcio formado pela construtora Odebrecht e a operadora Changi, de Cingapura, venceu a disputa pelo Galeão, com uma proposta de R$ 19 bilhões. A disputa foi a viva-voz, mas nenhum concorrente se dispôs a melhorar a oferta, que representa uma diferença sobre o valor mínimo de 294%.
 
A segunda maior proposta foi da construtora Carioca, no valor de R$ 14,5 bilhões. A EcoRodovias fez uma oferta de R$ 13,113 bilhões.
 
CONFINS
 
Já o leilão de Confins, foi vencido pela construtora CCR, com lance de R$ 1,82 bilhões --66% acima do valor mínimo previsto. O aeroporto mineiro obteve lances na fase de viva-voz, com disputa entre Queiroz Galvão e a CCR.
 
Cinco consórcios concorreram
para administrar os dois aeroportos. Todos disputaram Galeão, mas apenas três também fizeram propostas para Confins.
 
Disputaram apenas o Galeão os consórcios "Novo aeroporto Galeão", formado por EcoRodovias, Invepar e Fraport, e "Sócrates", formado pela construtora Carioca e pelos operadores dos aeroportos de Amsterdã e Paris.
 
Já os consórcio "Aeroportos do Futuro", formado por Odebrecht e Changi (operadora de Cingapura), "Aliança Atlântica Aeroportos" (Queiroz Galvão com Ferrovial, gestora espanhola que administra Heathrow, em Londres) e "Aero Brasil" (CCR com os operadores dos aeroportos de Munique e Zurique), apresentaram propostas para Galeão e Confins.

 Editoria de arte/Folhapress 


Confins e Galeão estão entre os maiores aeroportos do país. Respondem, juntos, pela movimentação de 14% dos passageiros e 12% dos aviões do tráfego aéreo brasileiro.
 
O novo concessionário do aeroporto mineiro terá direito de administrá-lo por 30 anos. Para Galeão, o prazo é de 25 anos e em ambos há possibilidade de prorrogação por mais cinco anos.
 
Os consórcios terão de investir mais de R$ 7 bilhões em ampliações e adaptações ao longo do período de concessão. Entre as obras, estão um novo estacionamento, a construção de 26 pontes de embarque em Galeão e um novo terminal de passageiros em Confins.
 
O setor privado terá 51% de participação na nova sociedade que vai gerir os aeroportos. Já a Infraero possuirá 49%, sendo esse o limite máximo.
 
TRANSIÇÃO
 
A partir da celebração do contrato, haverá um período de transição de seis meses (prorrogável por mais seis meses), no qual a concessionária administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero, detentora de participação acionária de 49% em cada aeroporto concedido.
*
PERFIL DOS VENCEDORES
 
GALEÃO (RJ)
 
AEROPORTOS DO FUTURO
Sócio brasileiro: Odebrecht Transport
Sócio operador: Changi Airport Group (Cingapura)
Aeroporto controlado: Changi (Cingapura)
Passageiros: 51,2 milhões
Faturamento: € 1,2 bilhão
Funcionários: 1.400

 
CONFINS (MG)
 
AEROBRASIL

Sócio brasileiro: CCR (grupos Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Soares Penido)
Sócio operador 1: Flughafen Zürich AG (Suíça)
Aeroporto: Zurique (Suíça)
Passageiros: 25 milhões
Faturamento: € 758 mi
Funcionários: 1.400
Sócio 2: Flughafen Munchen (Alemanha)
Aeroporto: Munique
Passageiros: 38 milhões
Faturamento: € 1,2 bi
Funcionários: 7.600


22 de novembro de 2013
MARIANA BARBOSA - Folha de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário