"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

VOTO SECRETO OU ABERTO?


Sigilo
Depois de adiar, mais uma vez, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Aberto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que a Casa voltará a discutir o fim do voto secreto no Legislativo, em segundo turno, na próxima terça-feira, dia 26 de novembro.

A proposta divide a casa entre os senadores que apoiam sua aprovação integral, ou seja, voto aberto em todas as votações do Legislativo, e aqueles que defendem a promulgação parcial da PEC, abrindo os votos apenas em casos de cassação de mandatos.

Como se trata de um tema polêmico, os debates ultrapassam os limites do Congresso. O historiador e especialista do Instituto Millenium, Marco Antonio Villa, defende votação aberta em casos de processos contra membros do parlamento e de desvio de dinheiro público.

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Para Villa, o fim do sigilo, nessas situações, fortalece a democracia, ao ampliar a possibilidade de identificação entre eleitor e candidato. ”É muito importante o eleitor saber seu representante votou e, até mesmo, se participou ou se absteve da votação”, diz.

 Segundo Villa, o sigilo deve ser mantido em casos como as eleições para os cargos da mesa diretora e as votações dos vetos presidenciais. “O voto secreto é uma forma de defesa dos congressistas contra as pressões do Executivo”, explica.

A Câmara dos Deputados aprovou a PEC, por unanimidade, em setembro deste ano. O tema entrou na pauta da Casa após sessão secreta, realizada em agosto, que manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido –RO).
“Essa aprovação só ocorreu por causa da repercussão extremamente negativa da votação que permitiu a manutenção do mandato de um parlamentar prisioneiro. O Brasil inaugurou uma nova forma de representação, que é o PP, parlamentar presidiário”, afirmou Villa, na ocasião, após a votação da Câmara.

No dia 13 de novembro, o plenário do Senado aprovou a proposta em primeiro turno de votação. Como não houve acordo entre líderes partidários, foi adiada para a próxima terça-feira a conclusão da matéria, que precisa passar por um segundo turno. Se for aprovada sem alterações, a PEC vai à promulgação.

22 de novembro de 2013
Comunicação Millenium

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