Justiça precisa por fim aos abusos cometidos pelos mensaleiros petistas em presídio de Brasília
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.Isso é o que prega a Constituição Federal em seu artigo 5º, mas há no País um sem fim de exceções, o que faz com que alguns sejam mais iguais do que os outros.
É o caso dos condenados à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT), que cumprem pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Como se petistas fossem seres sobrenaturais, parlamentares do partido têm violado as regras estabelecidas pelo presídio para visitas aos apenados, patrocinando um clima de revolta entre os familiares dos presos comuns.
Desde que José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram presos e transferidos para a capital federal, o presídio da Papuda transformou-se em local de peregrinação de deputados e senadores do PT, que vão ao local com certa insistência para, segundo declarações, prestar solidariedade aos companheiros presos.
Ou seja, os mensaleiros protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história nacional, mas são incensados por correligionários, como se fossem vítimas de um julgamento de exceção e de prisão política.
O comportamento dos petistas é tão obtuso e vexatório, que nesta semana o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi ao Complexo da Papuda para checar as instalações da unidade prisional, desculpa que o petista arrumou para justificar a visita que fez ao trio do mal que comandou o Mensalão do PT.
A ousadia que brota da prisão dos mensaleiros é liderada por José Dirceu, que acredita estar em um dos hotéis de luxo que costumava frequentar nos tempos de liberdade, sempre financiado pelo dinheiro do lobby escuso.
Dirceu, assim como seus companheiros de cela, foi preso por corrupção e outras figuras penais, não tendo direito a qualquer regalia. O acinte chegou a tal ponto, que o Ministério Público emitiu um aviso para que presos e visitantes recebam tratamento isonômico no presídio da Papuda.
Abusado, José Dirceu não apenas dita regras no cárcere, como decide ao arrepio da lei o que fará caso consiga autorização judicial para deixar o presídio durante o dia, prerrogativa do sistema semiaberto.
O ex-comissário palaciano chegou a dizer que frequentará, em Brasília, curso de mestrado, como se a ele coubesse decidir sobre o seu futuro. O Brasil ainda tem uma legislação vigente e José Dirceu deve a ela se submeter, sem qualquer privilégio.
Ainda respeitado pelos outros presos, que nele enxergam uma possibilidade de regalias, José Dirceu corre o risco de enfrentar sérios problemas de convívio no cárcere. A temporada de lua de mel carcerária está prestes a terminar e o ritmo normal da cadeia passará a dar o tom do cotidiano.
É nesse capítulo da ópera bufa petista que tragédias poderão ocorrer. Dirceu deve se contentar com a condição de preso e nada mais.
22 de novembro de 2013
ucho.info
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