"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

NINGUÉM ACREDITA QUE MARINA SILVA NÃO TENHA UM PLANO B

                
Aproxima-se a hora da verdade. Como diz a inesquecível canção de Cazuza e Arnaldo Brandão, “o tempo não para”.
O prazo da ex-senadora e ex-ministra Marina está se esgotando e ela diz que não tem Plano B em termos político-partidários.

Como se sabe, seu partido (Rede Sustentabilidade) precisa conseguir registro no Tribunal Superior Eleitoral até o próximo dia 5, para que ela saia candidata, o que parece praticamente impossível. E Marina Silva insiste em dizer que até agora não fez entendimentos para se filiar a outra legenda e confirmar seu nome na disputa para presidente da República em 2014.

Na realidade, o prazo fatal do novo partido dela termina dia 3, porque o dia 5 de outubro cai num sábado e a Justiça Eleitoral não tem sessões às sextas-feiras,  funciona como as Forças Armadas (mas que fazem isso por economia e não por vagabundagem).

CARTA NA MANGA

É claro que ninguém acredita que Marina Silva não tenha um Plano B, uma carta na manga, uma alternativa partidária num país com 32 legendas legalizadas e em pleno funcionamento. Seria muito amadorismo.

Entre esses 32 partidos, tirando PT, PSDB e PSB e alguns  ultra-radicais, tipo PSTU, PCB ou PCO, quase todos os demais aceitariam Marina Silva de bom grado. Quem recusaria uma candidata ficha-limpa, segunda colocada nas pesquisas e que está em viés de alta?

Com Marina puxando os votos, qualquer partido pequeno fica logo grande. Lembrem de Fernando Collor, que se candidatou pelo PRN (que nem mais existe) e deu um passeio nos grandes partidos da época (PMDB, PFL, PDT e PSDB). A derrocada de Collor significou também o fim do PRN, que dependia diretamente dele.

POR QUE NÃO O PEN?

E por que Marina Silva não se filia ao PEN (Partido Ecológico Nacional), que é fruto de uma dissidência do Partido Verde? Marina saiu do PV por causa das irregularidades da direção. Fernando Gabeira e  José Fernando Aparecido (filho de José Aparecido) também se afastaram, pelo mesmo motivo.

Os fundadores do PEN são pessoas limpas, sem nenhuma ligação com as sujeiradas do PV. Por que todos os ambientalistas do bem não se unem e fazem um partido forte e melhor do que PV? Ou pelo menos mais limpo e ético.

O PEN seria uma boa alternativa para garantir Marina Silva na eleição, fazendo coalizões com outras legendas, para ganhar espaço no rádio e na TV.

Aí ficaria faltando apenas que José Serra e Joaquim Barbosa arrumem legenda, porque Lula já tem a dele. O prazo de Serra também se esgota dia 5 de outubro. Se não sair do PSDB vai ter de bater chapa com Aécio Neves nas prévias. Quanto a Joaquim Barbosa, a lei o favorece e ele só precisa se filiar seis meses antes da eleição, ou seja, até dia 5 de abril de 2014. É o único que ainda tem tempo para pensar.
 

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