"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

BBB - BIG BODE BRASILIA

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 Sopa de letras
Vale a pena buscar também o motivo que leva o organizador da UDN, mais um novo partido, a dizer que a família Bolsonaro provavelmente irá para lá, abandonando o PSL. Qual o problema que o PSL causou, ou causa, ao presidente e a 01, 02 e 03, seus filhos? Que se saiba, nenhum. Qual será a divergência ideológica entre UDN e PSL? Nenhuma: as duas legendas se colocarão ideologicamente do jeito que Bolsonaro mandar. Por que sair de um partido estruturado para entrar num em estruturação? UDN será mais chique? Quantos eleitores se lembrarão de um partido extinto há 54 anos?
 A grande atração
O repórter José Casado, de O Globo, levanta uma questão interessante: o financiamento de campanha. O PSL tinha representação minúscula e, com o impulso de Bolsonaro, formou bancada de 52 deputados. Com isso, uma legenda que recebia R$ 6 milhões anuais de Fundo Partidário passa a valer R$ 115 milhões por ano – e, se os costumes políticos no Brasil continuarem os de sempre, a bancada vai crescer e valer R$ 200 milhões de renda anual. Mas isso depende de Bolsonaro: se sai e leva seus deputados, o PSL volta à receita habitual, baixinha. O presidente do partido, Luciano Bivar, segundo Casado, administra 15% do financiamento eleitoral. Bebianno é seu vice.
 A grande solução
site O Antagonista, que cita a análise de José Casado, avança e aponta a solução do problema: extinguir o Fundo Partidário e o financiamento público de campanha. Este colunista não vê motivo nenhum para pagar a campanha de um candidato que, a propósito, nem sabe quem é. A questão é política, mas Paulo Guedes daria um jeito rápido nesta sangria de dinheiro.
 A hora dos argumentos
Se na hora de mostrar força política o Governo racha, terá problemas: há parlamentares cujo faro é especialmente aguçado para detectar o momento certo de criar obstáculos. São pessoas que só se convencem quando ouvem o tilintar de argumentos ponderáveis e em grande quantidade. Bolsonaro marcou um café da manhã no Alvorada com líderes partidários, amanhã, e tentará mostrar-lhes as vantagens da reforma da Previdência. Mas só terá êxito se o cardápio for bom. Pão com leite condensado não os convence.
 Carne forte
A Austrália, grande exportador de carne, enfrentou primeiro uma seca e, em seguida, chuvas devastadoras. Por causa da seca, muitas fêmeas foram abatidas; em 2018, com a abundância de carne, houve exportações de quase um milhão de toneladas, contra aproximadamente 1,4 milhão de toneladas do Brasil (mas à custa da redução do rebanho). A chuva matou 500 mil cabeças. Ou seja, as exportações futuras da Austrália serão bem menores.
No Brasil, noticiou-se a seca e a inundação, mas a consequente redução das exportações não foi citada. Há quem acredite que os frigoríficos brasileiros fingiram não dar importância à Austrália, e com isso a repercussão foi mínima, para não indicar a próxima alta de preços da carne exportável.
Luz e leite
Aqui a crise é outra: os produtores de Goiás criticam a qualidade dos serviços da ENEL, que fornece eletricidade. As faltas de luz atingem com mais força os produtores de leite, deixando-os sem refrigeração.
A Assembleia goiana já criou Comissão Especial de Inquérito sobre a ENEL.
20 de fevereiro de 2019
Carlos Brickmann

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