Nem mesmo os principais defensores do ex-presidente Lula no Congresso quiseram manter o tom adotado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que, na terça-feira, dia 16, afirmou ser necessário “matar gente” para prender o líder petista. No próximo dia 24, o recurso contra a condenação no caso do tríplex do Guarujá será julgado pelo TRF-4, em Porto Alegre.
Embora insistam que o Judiciário fez um julgamento político, a retórica adotada, agora, é de confiança nos três desembargadores federais. Para o senador Humberto Costa (PE), é a Justiça que tem dado aspectos políticos ao processo. “Quem dá contornos políticos ao caso é a Judiciário e o Ministério Público. A negativa de ouvir o presidente Lula no julgamento, por exemplo, mostra que quem está radicalizando é a Justiça”, acusou Costa.
“SEM PRESSÃO “ – Líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS) afirma que a mobilização dos militantes no dia do julgamento não é uma pressão, mas uma manifestação de solidariedade. “Espero que todo o circo montado pelos jornais e pela oposição não interfira na isenção dos desembargadores”, diz Paulo Pimenta.
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) nega qualquer articulação para que haja confronto ou atos de violência em Porto Alegre. “Existe muita especulação. Tudo isso (de que o PT pressiona a Justiça) faz parte do teatro que está sendo montado, mas o nosso papel neste momento é apenas de articulação e mobilização do partido”, afirma Guimarães.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Que assim seja. (C.N.)
19 de janeiro de 2018
Deu no O Globo
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