Há dias em que a gente acorda bem, mas em outros dias nem sente vontade de levantar.
Para quem trabalha em jornalismo de política e de economia aqui no Brasil, as notícias são sempre lamentáveis e desalentadoras, é preciso ter uma extraordinária capacidade de resistência.
O fato concreto é que os governantes, os parlamentares e as autoridades parecem viver num mundo à parte, em uma espécie de Ilha da Fantasia, estão pouco se preocupando com o interesse público e com uma melhor qualidade de vida da população. Esta é a nossa realidade.
Para quem trabalha em jornalismo de política e de economia aqui no Brasil, as notícias são sempre lamentáveis e desalentadoras, é preciso ter uma extraordinária capacidade de resistência.
O fato concreto é que os governantes, os parlamentares e as autoridades parecem viver num mundo à parte, em uma espécie de Ilha da Fantasia, estão pouco se preocupando com o interesse público e com uma melhor qualidade de vida da população. Esta é a nossa realidade.
O pior é saber que não há solução à vista nem a prazo. As insanidades administrativas já ficaram tão enraizadas, as mordomias tão sedimentadas, os privilégios tão estratificados e os penduricalhos salariais tão arraigados e legalizados que realmente não há possibilidade de reverter essa situação em futuro próximo.
INTERVENÇÃO MILITAR – Diante dessa realidade, há quem defenda uma intervenção militar, para reorganizar os três Poderes, moralizar o país e reduzir as desigualdades sociais. Existem motivos para tanto, reconheça-se. Mas acontece que os militares nada podem fazer, porque todas essas revoltantes irregularidades estão dentro da lei ou foram legitimadas pelo Supremo Tribunal Federal. Portanto, tornaram-se “direito adquirido”.
(EXTRA-TEXTO: pergunta-se, o que é que a intervenção cívico-militar tem a ver com "direitos adquiridos" espúrios, frutos de um congresso corrupto? Frutos de conchavos e corporativismos desavergonhados? Intervenção é a introdução de uma nova ordem política!!! Intervenção é recompor a ordem institucional, jurídica e econômica, interditando a continuidade da subversão do Estado brasileiro! m.americo)
Por exemplo, José Dirceu, que nunca trabalhou nem teve carteira assinada, já se aposentou com o teto do INSS (cerca de R$ 5,5 mil) e agora vai ganhar aposentadoria na Câmara, de mais R$ 9,6 mil), porque tem “direito adquirido”.
(EXTRA-TEXTO: pergunta-se, o que é que a intervenção cívico-militar tem a ver com "direitos adquiridos" espúrios, frutos de um congresso corrupto? Frutos de conchavos e corporativismos desavergonhados? Intervenção é a introdução de uma nova ordem política!!! Intervenção é recompor a ordem institucional, jurídica e econômica, interditando a continuidade da subversão do Estado brasileiro! m.americo)
Por exemplo, José Dirceu, que nunca trabalhou nem teve carteira assinada, já se aposentou com o teto do INSS (cerca de R$ 5,5 mil) e agora vai ganhar aposentadoria na Câmara, de mais R$ 9,6 mil), porque tem “direito adquirido”.
Há milhares de ex-parlamentares na mesma situação de Dirceu, generosamente “aposentados”. No Congresso atual, com 594 integrantes, apenas um, o senador José Reguffe (sem partido-DF), abriu mão da aposentadoria e paga sua contribuição ao INSS, como qualquer trabalhador brasileiro. Reguffe também rejeitou o fabuloso plano de saúde familiar e a cota parlamentar, que lhe permitiria contratar 50 assessores. Mas é a única exceção.
TUDO DOMINADO – Temer não tem nada de bobo e já acalmou os militares, que terão reajuste salarial em 2018, enquanto os servidores civis ficarão com salários congelados até 2019. A decisão de prestigiar as Forças Armadas saiu até barato — custará apenas R$ 4,6 bilhões, bem menos do que o “investimento” que Temer fez nos deputados, calculado em R$ 5,7 bilhões na primeira denúncia, e mais R$ 12 bilhões na segunda denúncia, além de cargos e benesses de valor inestimável, como a mudança no combate ao trabalho escravo. Além disso, os militares também ficaram de fora da proposta de reforma da Previdência, demonstrando que nem todos os brasileiros são iguais.
Para quem defende a intervenção militar, a alternativa passou a ser a eleição de Jair Bolsonaro, o capitão que queria fazer atentados a bomba para exigir reajuste salarial dos militares e ainda defende ardorosamente a tortura a presos políticos, vejam como a ironia da vida é impressionante.
BOLSONARO ELEITO – O capitão-candidato ainda a escolher partido, mas certamente conseguirá uma bela coligação. Tem chances concretas de ser eleito, mas isso é diferente de um golpe militar. Como presidente, terá de se curvar ao Congresso e ao Supremo. E todos sabem que os três poderes estão apodrecidos. Portanto, os “direitos adquiridos” continuarão prevalecendo. Os integrantes da máquina pública continuarão vivendo na Ilha da Fantasia e o presidente Bolsonaro nada poderá fazer nem terá condições de mandar torturá-los, porque os militares estão guardados por Deus e contando o vil metal, como dizia Belchior, em sua insanidade lógica e racional.
E quanto ao maior problema brasileiro, a dívida pública? O que fará o presidente Bolsonaro? Vai realizar a auditoria determinada pela Constituição? Vai consultar a economista Maria Lúcia Fatorelli, considerada uma das maiores especialistas do mundo, que auditou as dívidas do Equador e da Grécia? Você realmente acredita nisso?
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P.S. – Bolsonaro jamais o fará. Como todo militar torturador, na verdade é um covarde. Foi assaltado por dois homens no Rio, em 1995, eles lhe tomaram a motocicleta Honda 350 e a pistola Glock 380, que ele orgulhosamente portava. E disse que se sentiu indefeso…
P.S. – Bolsonaro jamais o fará. Como todo militar torturador, na verdade é um covarde. Foi assaltado por dois homens no Rio, em 1995, eles lhe tomaram a motocicleta Honda 350 e a pistola Glock 380, que ele orgulhosamente portava. E disse que se sentiu indefeso…
P.S. 2 – Os brasileiros não têm um candidato que mereça ser votado. Infelizmente, o senador Reguffe não tem partido e, portanto, não poderá ser candidato. (C.N.)
NOTA AO PÉ DO TEXTO
A guerra implacável contra Bolsonaro, prossegue...
12 de noivembro de 2017
Carlos Newton
A guerra implacável contra Bolsonaro, prossegue...
m.americo
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