"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 12 de novembro de 2017

AÉCIO NEVES EXPLODE O PSDB EM PLENA ESTRADA DAS URNAS DE 2018

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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Manchete principal de O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, edições de sexta-feira, o senador Aécio Neves, ao afastar Tasso Jereissati da presidência interina do PSDB, sem dúvida explodiu a legenda do partido na estrada das eleições de 2018. 
A sigla foi pelo ar e os estilhaços vão se refletir não só na sucessão presidencial, mas também nas disputas pelos governos estaduais. Um pedaço fica reservado para o pleito de senadores e deputados federais. 
Afirmando estar sendo pressionado, Aécio não teve coragem para ele próprio reassumir o posto, pois é preciso lembrar que dele foi afastado por nebulosas transações com Joesley Batista.
Aécio terminou investindo Alberto Goldman no comando partidário, sob o pretexto de que escolhia alguém isento para presidir o PSDB até as eleições internas marcadas para 9 de dezembro.
HOUVE PRESSÃO? – Em vez de pacificar, o senador mineiro agravou as divergências entre os tucanos. Em primeiro lugar, de quem teria partido a “pressão” alegada por Aécio Neves? Só pode ter sido do presidente Michel Temer, como indica a lógica das hipóteses. Mas Michel Temer é do PMDB e, aparentemente, nada tem a ver com o PSDB.  Tornar-se-ia assim uma interferência extrapartidária.
Enquanto Tasso Jereissati anuncia que disputará o pleito interno de 9 de dezembro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista a Silvia Amorim, O Globo deste sábado, propõe a investidura de Geraldo Alckmin numa tentativa de reunificar as correntes em que se divide a legenda. 
A divisão, aliás, revela-se inevitável, sobretudo, porque ao destacar o nome de Alckmin, FHC afirmou a Silvia Amorim que seu candidato para presidir a sigla em dezembro é o senador Tasso Jereissati.
No domingo passado 5 de novembro, FHC sustentou a tese de que o PSDB deixe o governo Temer a partir do próximo mês, sob pena de não poder disputar a próxima sucessão para presidente da República.
ROMPIMENTO – É claro que ao anunciar seu apoio a Tasso Jereissati, Fernando Henrique Cardoso praticamente assinou seu rompimento com Aécio Neves. Isso porque Tasso, ao ser substituído, formalizou sua ruptura frontal com Aécio Neves. Por isso, se Tasso vencer a disputa, o resultado será catastrófico para Aécio. E se Marconi Perillo, candidato de Aécio, vencer a disputa, fica evidente a abertura de profunda dissidência que poderá levar os descontentes a ingressarem em outro partido.
De qualquer forma, Aécio Neves sai derrotado do episódio. E vale lembrar que um processo no Supremo corre contra ele e que a devolução de seu mandato, por seis votos a cinco, não se vincula ao fim do julgamento no qual é réu na Corte Suprema.
O telefonema entre ele e Joesley Batista o compromete totalmente. Porque, se fosse em torno de um empréstimo financeiro, não haveria necessidade de entrega do valor em dinheiro vivo. Bastaria um depósito bancário. E por falar em depósito bancário, qual a garantia que Aécio ofereceu a Joesley?

12 de novembro de 2017
Pedro do Coutto

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