"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

JBS DOOU R$ 4 MILHÕES PARA MEMBROS DA CPI QUE VAI INVESTIGAR A EMPRESA

DINHEIRO FOI DOADO PARA AS CAMPANHAS QUE ELEGERAM 15 DOS 49 PARLAMENTARES
A CPI TEM COMO UM DOS OBJETIVOS INVESTIGAR OS TERMOS DO ACORDO DE COLABORAÇÃO QUE A EMPRESA FIRMOU COM O MPF (FOTO: ALEX FERREIRA/ CÂMARA DOS DEPUTADOS)

Recém-criada no Congresso, a CPI mista da JBS tem cerca de um terço de seus atuais integrantes financiados pela empresa, líder mundial de processamento de carnes. Ao todo, foram cerca de R$ 4 milhões doados para as campanhas que elegeram 15 parlamentares dos 49 que fazem parte do colegiado.

A comissão, que nesta terça-feira, 12, teve a sua primeira reunião de trabalho, ainda tem 19 vagas para serem preenchidas. A maior parte é do PMDB do Senado, que deve indicar os nomes apenas nesta quarta-feira, 13. Ao todo, dez dos 23 senadores da bancada peemedebista receberam doação da JBS durante suas campanhas.

A reunião desta terça da CPI foi marcada pela polêmica em torno da escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como relator. Integrante da tropa de choque do presidente Michel Temer no Congresso, a indicação foi articulada pelo Planalto, que queria alguém alinhado ao governo no cargo.

Marun é um dos que receberam da JBS. Ao todo, foram R$ 103 mil doados para a campanha que o elegeu em 2014. Questionado, o deputado disse não ver constrangimento em ser relator de uma CPI que tem como um dos objetivos investigar os termos do acordo de colaboração que a empresa firmou com o Ministério Público Federal.

A escolha provocou a saída de ao menos dois senadores do colegiado. Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Otto Alencar (PSD-BA) desistiram de integrar a CPI mista. (AE)


13 de setembro de 2017
diário do poder

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