Em seu processo de colaboração, o doleiro Lúcio Funaro, operador financeiro do PMDB, afirmou que o presidente Michel Temer sempre soube dos pagamentos de propina e se beneficiou do esquema de corrupção em Angra 3. No acordo, já homologado pelo ministro Edson Fachin, Funaro foi além e nomeou quatro pessoas que teriam atuado como operadores do presidente Temer: José Yunes, seu ex-assessor especial e amigo há 40 anos; o coronel João Batista Lima Filho, dono da Argeplan; Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp) e Marcelo Azeredo, que também presidiu a Codesp, a administradora do Porto de Santos. As informações foram antecipadas no site do Globo na coluna Poder em Jogo, da jornalista Lydia Medeiros.
De acordo com o relato, Yunes seria o principal intermediário e usava a empresa do coronel Lima, a Argeplan, para lavar os ganhos indevidos com o contrato de Angra 3. Delatores de empreiteiras — UTC, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa — já relataram à Lava-Jato que houve propina envolvendo o PMDB na obra. A empresa AF Consult, que já teve sede na Finlândia e Suíça, fechou um contrato de R$ 162 milhões com a Eletronuclear para participar das obras de Angra 3 e subcontratou duas empresas brasileiras, a empreiteira Engevix e a AF Brasil, que tem como sócia a Argeplan do coronel Lima.
PORTO DE SANTOS – A coluna também revelou que Wagner Rossi e Azeredo, segundo Funaro, operavam as propinas do Porto de Santos. O delator detalhou pagamento de propina feito à cúpula do PMDB pela empresa Cibe. Segundo Funaro, a empresa pagou 4% de propina para obter empréstimo do FI-FGTS no valor de R$ 300 milhões. Segundo o relato, o dinheiro foi dividido entre Moreira Franco (60%), Eduardo Cunha (25%) e o próprio Funaro (15%).
Procurado para comentar as acusações de Funaro, o presidente não se pronunciou. Moreira diz que não praticou ato ilícito.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se diz no jogo do bicho, Temer está cercado pelos sete lados, sem escapatória. Como registrou hoje, aqui na TI, o jornalista Pedro do Coutto, pela primeira vez na História do Brasil a Polícia Federal apresenta denúncia gravíssima contra um presidente da República, demonstrando que ele é o chefe de um “quadrilhão” que rouba a República. E o mais curioso é que nada acontece, sob pretexto de que o presidente não pode sair, porque ainda tem de reforma a Previdência. Tente explicar essa situação a um cientista político estrangeiro, e ele vai dizer que é a Piada do Ano. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se diz no jogo do bicho, Temer está cercado pelos sete lados, sem escapatória. Como registrou hoje, aqui na TI, o jornalista Pedro do Coutto, pela primeira vez na História do Brasil a Polícia Federal apresenta denúncia gravíssima contra um presidente da República, demonstrando que ele é o chefe de um “quadrilhão” que rouba a República. E o mais curioso é que nada acontece, sob pretexto de que o presidente não pode sair, porque ainda tem de reforma a Previdência. Tente explicar essa situação a um cientista político estrangeiro, e ele vai dizer que é a Piada do Ano. (C.N.)
13 de setembro de 2017
Deu em O Globo
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