"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de março de 2017

PRODUTOS QUÍMICOS 'DISFARÇAVAM' CHEIRO DE CARNE VENCIDA, DIZ PF

CARNES VENCIDAS ERAM VENDIDAS NO BRASIL E EXTERIOR
LINGUIÇA ERA PRODUZIDA COM CARNE PROIBIDA E FRANGO TINHA PAPELÃO (FOTO: EBC)

Ao longo das investigações que culminaram na Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira, 17, a Polícia Federal (PF) descobriu que os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso vendiam carne estragada tanto no mercado interno, quanto para exportação. 
Diretores e donos das empresas estariam envolvidos diretamente nas fraudes, que contavam com a ajuda de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Paraná, Goiás e Minas Gerais.

Os frigoríficos “maquiavam” as carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. 
As empresas, então, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. 
“Tudo isso nos mostra que o que interessa a esses grupos corporativos na área alimentícia é, realmente, um mercado independente da saúde pública, independente da coletividade, da quantidade de doenças e da quantidade de situações prejudiciais que isso [a prática criminosa] causa”, afirmou o delegado federal Maurício Moscardi Grillo.

Em um dos áudios gravados pela Operação Carne Fraca, um dos donos da empresa, Idair Antônio Piccin, conversa com a mulher dele, Nair Klein Piccin, sobre o uso de carne proibida em lotes de linguiça. 
Os dois tiveram pedidos de prisão preventiva decretada pela Justiça. A PF também identificou papelão em lotes de frango.

Algumas das maiores empresas do ramo alimentício do país estão na mira da operação, entre as quais a JBS, dona de marcas como Big Frango e Seara, e a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão. 
A Justiça Federal no Paraná (JFPR) determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das empresas investigadas, que também são alvo de parte dos mandados de prisão preventiva, condução coercitiva e busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba.


17 de março de 2017
diário do poder

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