O senador Romero Jucá (RR), líder do governo no Congresso e presidente nacional do PMDB, se reuniu nesta quinta-feira com os ministros Henrique Neves e Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para discutir a legislação dos partidos políticos e as atribuições do TSE em relação às legendas.
Nesse contexto, Jucá afirmou que deve elaborar, na semana que vem, uma série de projetos de lei para discutir com os líderes no Senado e apresentá-los na Casa em regime de urgência. Segundo ele, essas propostas diminuirão as penalidades dos partidos e aumentarão a transparência na relação do TSE com as legendas. Jucá não detalhou o que constará desses projetos.
“Estamos apresentando uma série de propostas que vão fazer com que tenhamos menos penalidades, mais transparência e menos burocracia na relação dos partidos com o Tribunal Superior Eleitoral. Na próxima semana eu deverei ter três ou quatro projetos para discutir com os líderes do Senado e, a partir daí, apresentar em regime de urgência, para que possa ser votado aqui e encaminhado à Câmara dos Deputados” — disse Jucá.
Fundo de financiamento -O peemedebista comentou ainda os esforços para criar um fundo de financiamento eleitoral para a campanha de 2018, o que tem discutido com presidentes de partidos. Jucá voltou a defender a criação de um fundo para onde seriam destinadas doações de pessoas físicas e recursos públicos. Caberia ao TSE repartir esses recursos de forma proporcional entre as legendas. Não entrariam nesse bolo os recursos do Fundo Partidário. Segundo o senador, essa ideia busca evitar que laranjas doem diretamente para um partido específico, mas ele ressaltou que ainda haverá mais discussões sobre esse ponto.
“Em tese, não haverá um direcionamento específico para um partido. Você estará contribuindo com a democracia, e não com uma entidade partidária diretamente. A gente está fazendo isso para evitar que setores mais organizados possam ter laranjas doando diretamente para determinado partido”, explicou.
LISTA FECHADA – Perguntado sobre qual seria o modelo ideal de reforma política, o presidente do PMDB afirmou que o ideal é aquele que tem chance de ser aprovado.
“O modelo ideal é o modelo que possa ser aprovado. Na política, o ideal é o possível” – disse Jucá, negando que o governo esteja atuando de forma ativa nesse processo: “O governo quer um modelo que seja mais simples, entendível e, principalmente, apoiado pela sociedade. Quem vai discutir esse modelo agora é a Câmara dos Deputados”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Romero Jucá é um farsante. A Folha publicou nesta quinta-feira uma declaração dele, na qual defende a tese de que a reforma política defina apenas um novo modelo de financiamento de campanha. Mas logo adiante ele diz que o voto em lista é quase inevitável. Ou seja, o líder do governo morde e assopra. O mais incrível é que dois ministros do TSE, Henrique Neves e Tarcísio Vieira, como enviados de Gilmar Mendes, aceitaram se reunir com Jucá para discutir uma reforma cujo objetivo real é inviabilizar a Lava Jato. Será que eles não têm nada melhor a fazer? (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Romero Jucá é um farsante. A Folha publicou nesta quinta-feira uma declaração dele, na qual defende a tese de que a reforma política defina apenas um novo modelo de financiamento de campanha. Mas logo adiante ele diz que o voto em lista é quase inevitável. Ou seja, o líder do governo morde e assopra. O mais incrível é que dois ministros do TSE, Henrique Neves e Tarcísio Vieira, como enviados de Gilmar Mendes, aceitaram se reunir com Jucá para discutir uma reforma cujo objetivo real é inviabilizar a Lava Jato. Será que eles não têm nada melhor a fazer? (C.N.)
17 de março de 2017
Leticia Fernandes
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário