"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de março de 2017

PARA ABAFAR A LAVA JATO, MAIA E EUNÍCIO PASSARAM A DEFENDER O VOTO EM LISTA

Resultado de imagem para rodrigo maia e eunicio
Maia e Eunício fazem tudo o que seu mestre mandar
Alvos da Lava-Jato, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendem, desde a semana passada, o voto em lista fechada já para as eleições de 2018. Na última discussão sobre reforma política no Congresso, entretanto, o discurso era outro. Há menos de dois anos, Maia e Eunício eram favoráveis ao sistema majoritário, conhecido como “distritão”.
Pelo voto em lista fechada, os partidos definem previamente uma sequência de filiados para assumir os cargos conquistados na eleição. O sistema poderia favorecer a reeleição de alvos da Lava-Jato no Congresso e, assim, a manutenção da prerrogativa de foro privilegiado dos investigados. Já pelo sistema do distritão não há quociente eleitoral e os mais votados são eleitos, sem considerar os partidos e sem a necessidade de formar coligações
“INTERESSES PÚBLICOS” – Em 2015, Maia, então presidente da Comissão Especial da reforma política, era um dos principais defensores do distritão. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Maia foi questionado sobre o voto em lista, defendido pelo PT, e respondeu que não havia “a menor possibilidade” de o projeto ser aprovado no Congresso e que o texto “não representava” os interesses públicos nem tinha “eco na sociedade”.
“O modelo majoritário nos garante fazer partido de verdade (…) Acredito que esse é um modelo que damos um passo a frente, nós avançamos, nós evoluímos”, disse Maia na época.
Em outro discurso também em 2015, ele afirmou que o sistema majoritário era “mais próximo do que o eleitor quer, que é eleger o mais votado”. Maia argumentou ainda que o modelo acabaria com distorções do sistema atual, como os chamados “puxadores de votos”. “Esse modelo (atual) está exaurido. O distritão reduz o número de deputados e concentra nos partidos aqueles que têm ideologia”, alegou em outra ocasião.
EUNÍCIO E TEMER – Em 2011, Eunício lembrou em discurso no Senado que o então vice-presidente Michel Temer era um “incansável defensor” da proposta. O peemedebista disse que “aqueles que têm mais votos absolutos devem vencer as eleições”.
A situação começou a mudar, porém, com o debate sobre fim do financiamento empresarial de campanha. Em setembro, Eunício disse que o financiamento público poderia ser mantido “desde que o sistema de votação fosse por meio de lista fechada”.
A assessoria de Eunício alegou que as circunstâncias políticas mudaram, com partidos maiores e mais dificuldades no financiamento de campanha. Para Maia, após o fim do financiamento empresarial, o voto por lista fechada “é o mais adequado”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Políticos carreiristas como Eunício e Maia mudam de opinião com facilidade. Há apenas dois anos, Maia citou os interesses nacionais ao condenar o voto em lista. Agora, parece ter esquecido os interesses nacionais, para defender exclusivamente seus interesses pessoais. Quanto a Eunício, também é do tipo camaleônico e nos últimos anos se especializou em usar o mandato parlamentar para garantir faturamento às suas empresas. (C.N.)

17 de março de 2017
Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário