"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

DELAÇÃO DA ODEBRECHT SERÁ INCLUÍDA EM AÇÃO CONTRA DILMA NO TSE

MINISTRO BENJAMIN PRETENDE OUVIR DELATORES, INCLUSIVE MARCELO ODEBRECHT
MINISTRO HERMAN BENJAMIN PRETENDE OUVIR DELATORES NO PROCESSO QUE PODE GERAR A CASSAÇÃO DO MANDATO DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA (FOTO: REPRODUÇÃO)

O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu incluir a delação da Odebrecht no processo que investiga a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014, da qual o presidente Michel Temer era vice. Determinou que o empresário Marcelo Odebrecht seja ouvido em Curitiba como testemunha nas ações que podem levar a cassação do presidente da República.

Além de Marcelo, Benjamin quer ouvir, a partir de março, executivos da empreiteira que firmaram o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF).

O ministro considerou que, pelo que foi narrado das colaborações premiadas da Odebrecht, Marcelo pode ajudar com informações relevantes para as ações apresentadas pelo PSDB, na quais o partido aponta uma série de irregularidades, entre elas o financiamento ilegal por empresas investigadas na Operação Lava Jato.

Segundo advogados com acesso ao caso, a inclusão das declarações da Odebrecht no processo do TSE tem dois efeitos: as revelações da empreiteira podem atingir Temer e a inclusão dos depoimentos deve adiar ainda mais o julgamento do caso na Corte Eleitoral.

Até agora, o foco da ação ficou voltado para irregularidades supostamente cometidas na contratação de gráficas feita pela equipe de campanha ligada a Dilma. Por esse motivo, a defesa de Temer sequer pediu a inclusão de testemunhas da parte do peemedebista até agora na ação.

No acordo de delação premiada, a Odebrecht contou que negociou um repasse R$ 30 milhões a partidos que deram apoio à reeleição de Dilma, como PRB, PROS, PCdoB, PP e PDT. O bloco garantiu maior tempo de TV na campanha eleitoral à chapa governista. Os delatores da Odebrecht relataram que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB, dentro dessa negociação.

Em anexo da delação, o executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho descreveu um jantar no Palácio do Jaburu com a presença do presidente Michel Temer no qual o peemedebista pediu “apoio financeiro” para as campanhas do partido em 2014 a Marcelo Odebrecht, que se comprometeu com um pagamento de R$ 10 milhões.



22 de fevereiro de 2017
diário do poder

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