Frase de Chico Xavier, reproduzida do Goo |
Imerso em meus pensamentos, antes de decidir em quem votar para prefeito e vereador no ainda belíssimo e mal administrado Rio de Janeiro, já tendo atingido a idade média de longevidade do homo sapiens tropicalista (daqui para frente, tudo é lucro…), prestes a completar 50 anos de jornalismo de política, fico a constatar nas contradições da vida moderna, que são mais ainda gritantes numa estranha nação como o Brasil, o quinto maior em território e número de habitantes, a oitava economia, o país que reúne as melhores condições de desenvolvimento no planeta, em função de suas riquezas naturais, mas não consegue deslanchar, devido à mediocridade de seus governantes.
A lista de candidatos é desalentadora. Com toda certeza, os melhores e mais capacitados cidadãos não estão relacionados. Muito pelo contrário, a grande maioria é formada de pessoas sem a devida qualificação, que se apresentam como candidatos por mero oportunismo, sem falar nos políticos profissionais, os modernos coronéis do asfalto, que fingem representar o povo, além dos milicianos, que desempenham idêntico papel, vejam a que ponto chegamos.
EXISTE MERITOCRACIA? – O fato concreto é que nossos políticos insistem em tentar manter a convivência da riqueza total com a miséria absoluta, é claro que se trata de uma mistura explosiva, qualquer idiota percebe que isso não pode dar certo. Como uma pessoa rica pode ser feliz como sua consciência, vivendo em meio a uma população que abriga miseráveis em cada esquina? Como podem classificar essa situação de meritocracia?
Pessoalmente, estou livre desse tipo de angústia. Minha mãe diz que desde pequeno eu sempre fui comunista, preocupado com as injustiças do mundo e o bem estar dos menos favorecidos. E continuo assim. Mas sei que não existe um partido comunista de verdade no Brasil, como nunca existiu uma experiência verdadeira de comunismo no mundo, e hoje já me contento com oportunidades iguais de ensino, assistência médica universal, uma moradia sólida para todas as famílias, assistência social aos mais carentes, para que não há crianças nem adultos morando nas ruas. Apenas isso.
TRIBUTO A MARX E ENGELS – Meu comunismo pragmático hoje não me pede muita coisa, porque aceito todos os pontos positivos do capitalismo, acredito que Marx e Engels hoje procederiam assim e continuariam a lutar pela liberdade de imprensa, como sempre fizeram. Injustamente, são acusados de totalitarismo, embora os dois geniais pensadores sempre tenham sido libertários. Se estivessem vivos e morassem na União Soviética no regime stalinista, não há dúvida de que teriam sido confinados na Sibéria.
Minha filha se surpreendeu outro dia ao saber que sou comunista. Jamais tentei doutriná-la. Cada um deve seguir suas convicções. Ao mesmo tempo, sou religioso, respeito todas as religiões e sigo a linha doutrinária de Lao Tsé, Buda, Sócrates e Cristo, os quatro maiores pensadores sociais da História da Humanidade, cujos ensinamentos Marx e Engels tentaram seguir, não existe a menor dúvida sobre isso.
MENSAGEM DE CHICO XAVIER – Para fortalecer minhas convicções, recebi por e-mail a mensagem “As Três Escolhas”, extraída da obra “O Essencial”, de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, Por favor, leiam e tirem suas conclusões:
O discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou: “Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria em si todas as Leis de Deus?”
O interpelado respondeu: “A Lei do Bem”.
“Entretanto”, ressalvou o aprendiz, “quem diz ‘lei’ refere-se a clima de ação que todos devemos observar”.
“Isto mesmo”, foi a resposta. E o discípulo insistiu: “Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?”
O orientador fez uma pausa e explicou: “O livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, ‘a cada espírito será dado o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras’. O Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem, a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos despenhadeiros do mal”.
“Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três escolhas referidas?”, insistiu o aluno.
O mentor aclarou, com serenidade: “Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as esferas superiores; os que preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia, retornando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação… Compreendeu?”
O aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar sobre o livre-arbítrio.
02 de outubro de 2016
Carlos Newton
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