"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

MULHER DE OMAR AZIZ, EX-GOVERNADOR DO AMAZONAS, É INVESTIGADA PELA RECEITA


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A empresa (milionária e sem empregados) pertence a Nejmi Aziz















Uma empresa sem funcionários, cujo endereço se confunde com o de uma escola, chamou a atenção do Coaf (órgão de inteligência do Ministério da Fazenda). A firma é registrada em nome de Nejmi Aziz, mulher do ex-governador do Amazonas, senador Omar Aziz (PSD), e de seus filhos. Em 2014, a ENE Empreendimentos e Participações recebeu depósito de R$ 4,9 milhões, movimentação considerada “atípica” pelo órgão.
Segundo relatório do Coaf encaminhado à Polícia Federal, a empresa indicou como origem dos recursos a venda de imóveis. Porém, surgiram dúvidas sobre as operações, que seriam “incompatíveis com o ramo de atividade”.
Segundo o relatório, a ENE possuía como procurador um servidor público lotado, pelo menos até 2014, na Secretaria de Governo da Prefeitura de Manaus, onde receberia salário de R$ 13 mil brutos. Embora tivesse como endereço de residência um conjunto de apartamentos “para pessoas carentes financiado pelo governo estadual”, o servidor movimentou R$ 5,9 milhões entre saques e depósitos somente em 2013.
INTERVENIENTE – O mesmo servidor atuou como “interveniente” da maior transação da ENE. Em fevereiro de 2014, a companhia recebeu R$ 4,9 milhões da empresa Civilcorp Incorporações, que na época tinha como sócio Albano Máximo Neto.
Ele chegou a ser investigado por fraude na desapropriação de um terreno adquirido por outra empresa sua propriedade por R$ 400 mil e vendido meses depois por R$ 13 milhões, mas foi absolvido.
O sócio que permanece no controle da Civilcorp, Adriano Pereira, afirma que o depósito de R$ 4,9 milhões efetuado na conta da ENE foi “uma transação imobiliária” pela qual a empresa adquiriu um terreno da ENE. “É uma transação lícita, tranquila”, diz.

18 de outubro de 2016
Rubens Valente
Folha

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