"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

AOS 96 ANOS, HÉLIO FERNANDES É A HISTÓRIA VIVA DO BRASIL NOS SÉCULOS XX E XXI


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Helio na sede da Tribuna, destruída num atentado a bomba














História viva, Helio Fernandes, em atividade desde 1933, trabalhando então na revista O Cruzeiro, atravessou como poucos os séculos XX e XXI. Chefe da seção de esportes do Diário Carioca, secretário (atual editor-chefe), diretor da Revista Manchete. Cobriu de maneira memorável a constituinte de 1946, sendo hoje o único jornalista vivo que acompanhou esse importante evento no término do Estado Novo.
Vivenciou amizade contínua e profícua com Carlos Lacerda e foi assessor de imprensa de JK em 1955, durante a sua campanha presidencial, atravessando o país ao seu lado. Testemunha e coautor da história, em ideias, palavras e atitudes, manteve o seu jornalismo de oposição, com consciência firme, enfrentando os desvios e as atrocidades de modo irrestrito, em todos os regimes de poder e desmandos nos quais viveu e aos quais combateu.
Sua personalidade, seu espírito vivo e combativo e seu exemplo se conectam à Tribuna de Imprensa e formam gerações de apaixonados pelo exercício livre e sublime da bela, essencial e transformadora profissão jornalística.
INTERESSES NACIONAIS – Manifestando sua inteligência a serviço dos mais elevados valores em defesa dos interesses genuinamente nacionais, lutando sempre pelo interesse público primário, da população brasileira, da sua dignidade, enfrentou diversas perseguições com notável coragem, mesmo no período que antecedeu o Regime Militar. Encarcerado em julho de 1963, pelo exercício inerente à sua profissão, por ordem do então Ministro da Guerra de João Goulart, com justiça reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em sua composição da época.
Seu amor à profissão jornalística e sua fé e esperança nos destinos desta nação e do gênero humano lhe conferiram impressionante coragem para enfrentar a aniquilação política e sucessivas prisões, exílios em regiões remotas, jamais se curvando pela covardia à censura, por maior que fosse o seu poderio deletério a si e ao seu brilhante jornal, também alvo de atentados financeiros e físicos, como o inesquecível atentado à bomba à sede do jornal.
ENFRENTOU OS FACÍNORAS – Sempre lutando para publicar, informar, refletir, expressar, foi e é atingido em seu direito líquido e certo diariamente, incluindo na concretização do seu direito indenizatório incontestável.
Um homem que, por sua grandeza e pelo exercício pleno da profissão jornalística, é ainda hoje perseguido e discriminado e deixa a sua marca entre as gerações, com milhões de amigos e admiradores, que reconhecem e conferem a devida honra a quem decide todos os dias, ao longo desses 96 anos, viver a cada dia com integridade e de forma honrada.
Enfrentou os facínoras no auge do seu poder e da sua força. Defensor inegociável dos interesses do Brasil e da justiça universal nas sempre resistentes manifestações do seu espírito inteiro.
SIGNO DA LIBERDADE – Continuar pensando, analisando, publicando os fatos. Informação e opinião. Sob o signo da liberdade. Em todos os meios. Prosseguindo após todos os mais cruéis atentados e sempre presente, na expressão livre, quer seja impressa ou na internet.
As adversidades somente elevam a força indelével da sua história, extremamente relevante para o Brasil, e inspiram gerações que participam e darão continuidade, com idêntico espírito de integridade e honradez, nessa mesma luta incansável diária.

18 de outubro de 2016
Genilson Albuquerque Percinotto

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