Reportagem de Henrique Gomes Batista, correspondente de O Globo nos EUA, edição de quarta-feira, 26, revela que Hillary Clinton, nesta fase final da campanha (as eleições vão até o dia 8) cresceu acentuadamente entre os eleitores jovens de 18 a 30 anos, enquanto pesquisa divulgada pela Rede ABC News aponta, no plano geral, vantagem de 12 pontos sobre Donald Trump. Entre os jovens, acrescenta Gomes Batista, Hillary alcançou 60% das intenções de voto.
Aliás, não só intenções, mas votos mesmo. Pois em grande número de Estados, os que desejarem votar podem até fazê-lo antecipadamente. É o caso, por exemplo, da Califórnia. Doze pontos de vantagem representam uma diferença enorme nos EUA. Em 1960, Kennedy derrotou Nixon por apenas 0,7%. Em 1968, Nixon venceu Humphrey pela margem de 1,2%.
Doze pontos, creio, no plano geral, acredito, é sinal de que a candidata do Partido Democrata provavelmente vencerá em 50 estados do país.
PESO ELEITORAL – Como se sabe, no sistema americano aquele que vence num estado soma para si o peso que a ele corresponde no mapa eleitoral. O colégio de maior peso é a Califórnia com o índice 55. O peso de cada um varia conforme a população. O segundo é o Texas com 38. Em terceiro Nova York e Nova Jersey somando 33. Em quarto a Flórida somando 29 pontos. Como a Califórnia, presença forte de latinos de modo geral, que desejam a derrota de Trump. Eis os pesos dos principais colégios eleitorais, depois dos quatro maiores:
Illinois tem peso 20, estado do presidente Barack Obama; Pensilvânia também 20; Ohio 18; Carolina do Norte 15; Geórgia 16. Finalmente, entre os de maior peso, três valendo 11 pontos cada um: Massachussets, capital Boston, sede de Harvard; Carolina do Sul e Arizona. Estes formam o grupo dos doze maiores.
INFLUÊNCIA – Em matéria de influência política, destacam-se Nova York e Califórnia. Na minha impressão, se Donald Trump vencer em algum estado, só poderá ser no Texas. Isso em função da liberdade de andar armado. O republicano, no penúltimo debate defendeu a liberação total. A democrata afirmou-se favorável a restrições que considera necessárias.
Quanto à política externa e ao direito das mulheres ao aborto, as diferenças foram radicais. Mas é de se acredita que tais divergências, por serem gritantes, já estejam contidas nas pesquisas de intenção de voto.
ENTRE AS MULHERES – As colocações de Trump diante das mulheres causaram profunda reação negativa. Tanto assim que, segundo a reportagem de O Globo, a diferença em favor de Hillary é muito maior nas mulheres do que entre os homens. As pesquisas apontam por sexo uma vantagem de 33 pontos para a ex-secretária de Estado do governo Obama. Entretanto, Hillary subiu mais entre os homens do que aconteceu no início da campanha.
Com base em todos estes aspectos, acho que Hillary Clinton, a 8 de novembro, vai se tornar a primeira mulher a presidir os Estados Unidos da América.
29 de outubro de 2016
Pedro do Coutto
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