Depois de 48 anos de mandatos e um Prêmio Nobel, ele não precisa de unanimidade, mas merece um mínimo de compromisso com a verdade
Oportunismo relevante, partindo de referências falsas, no sentido de ocupar espaços que jamais teriam caso se pautassem pela verdade. Isso não é novo!
De fato, existem intelectuais que questionam Israel, mas nenhum deles distorce ofensivamente a liderança de um Shimon Peres. A maior prova desta consistência está respaldada pela presença, em seu funeral, de Mahmoud Abbas e de mais de 80 outros líderes mundiais.
Um artigo crítico a Peres destoa e agride o clima de respeito mútuo em que vivem as comunidades árabe e judaica no Brasil. Isto deve ser protegido e preservado por todos nós.
Shimon Peres — depois de 48 anos de mandatos parlamentares, com um Prêmio Nobel da Paz e o reconhecimento internacional — não necessita de unanimidade, mas merece entre os seus poucos críticos um mínimo de compromisso com a verdade.
Afirmar que Peres, como presidente de Israel, ordenou a invasão de Gaza e renunciou ao cargo, em 2014, é um crime contra a História. Uma aberração intelectual.
Em Israel, o cargo de presidente é meramente protocolar e honorífico, não tendo qualquer tipo de ingerência no governo. Além disso, Peres ficou até o último dia de seu mandato constitucional de sete anos. Dizer que renunciou é uma agressão ao conhecimento elementar, chegando às raias da ignorância política.
A literatura de Shimon Peres é vasta e nunca o vi discutindo somente com quem negociava, mas também para quem negociava. E não venham me dizer ou falar falsamente dos delírios relativos a limpezas étnicas ou apartheid, pois basta conhecer Israel presencialmente para se constatar que isso não ocorre por lá.
O Estado de Israel foi o único país no mundo que tirou negros da África, não com o objetivo de escravizálos, mas para trazê-los para viver livremente na mais perfeita democracia do Oriente Médio.
A propósito, houvesse um entendimento da coexistência por parte dos palestinos que não o aceitaram, até por influência de alguns radicais do mundo árabe, e que negaram o direito a Israel de existir, em 1948, a situação hoje seria muito diferente.
E Shimon Peres sempre acreditou nisto, no resgate do plano inicial com dois estados — o que muitos se negam a aceitar. Enquanto uma proposta da coexistência verdadeira e sincera não existir, falsários seguirão tentando macular a imagem de Peres e de Israel, com o objetivo único de promoção pessoal ou para obter vantagens inconfessáveis.
29 de outubro de 2016
Claudio Lottenberg é presidente da Fundação Jerusalém. O Globo
Oportunismo relevante, partindo de referências falsas, no sentido de ocupar espaços que jamais teriam caso se pautassem pela verdade. Isso não é novo!
De fato, existem intelectuais que questionam Israel, mas nenhum deles distorce ofensivamente a liderança de um Shimon Peres. A maior prova desta consistência está respaldada pela presença, em seu funeral, de Mahmoud Abbas e de mais de 80 outros líderes mundiais.
Um artigo crítico a Peres destoa e agride o clima de respeito mútuo em que vivem as comunidades árabe e judaica no Brasil. Isto deve ser protegido e preservado por todos nós.
Shimon Peres — depois de 48 anos de mandatos parlamentares, com um Prêmio Nobel da Paz e o reconhecimento internacional — não necessita de unanimidade, mas merece entre os seus poucos críticos um mínimo de compromisso com a verdade.
Afirmar que Peres, como presidente de Israel, ordenou a invasão de Gaza e renunciou ao cargo, em 2014, é um crime contra a História. Uma aberração intelectual.
Em Israel, o cargo de presidente é meramente protocolar e honorífico, não tendo qualquer tipo de ingerência no governo. Além disso, Peres ficou até o último dia de seu mandato constitucional de sete anos. Dizer que renunciou é uma agressão ao conhecimento elementar, chegando às raias da ignorância política.
A literatura de Shimon Peres é vasta e nunca o vi discutindo somente com quem negociava, mas também para quem negociava. E não venham me dizer ou falar falsamente dos delírios relativos a limpezas étnicas ou apartheid, pois basta conhecer Israel presencialmente para se constatar que isso não ocorre por lá.
O Estado de Israel foi o único país no mundo que tirou negros da África, não com o objetivo de escravizálos, mas para trazê-los para viver livremente na mais perfeita democracia do Oriente Médio.
A propósito, houvesse um entendimento da coexistência por parte dos palestinos que não o aceitaram, até por influência de alguns radicais do mundo árabe, e que negaram o direito a Israel de existir, em 1948, a situação hoje seria muito diferente.
E Shimon Peres sempre acreditou nisto, no resgate do plano inicial com dois estados — o que muitos se negam a aceitar. Enquanto uma proposta da coexistência verdadeira e sincera não existir, falsários seguirão tentando macular a imagem de Peres e de Israel, com o objetivo único de promoção pessoal ou para obter vantagens inconfessáveis.
29 de outubro de 2016
Claudio Lottenberg é presidente da Fundação Jerusalém. O Globo
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