"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 29 de outubro de 2016

ANTES DA REUNIÃO, RENAN CALHEIROS PEDIU DESCULPAS À MINISTRA CARMEN LÚCIA



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Cármen Lúcia tinha se sentido ofendida
Antes da reunião desta sexta-feira (28), para discutir segurança pública, o presidente do Senado, Renan Calheiros, ligou para a presidente do STF, Cármen Lúcia, e pediu desculpas pela polêmica gerada nesta semana por críticas feitas por ele ao Judiciário. Renan falou com a ministra do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (27) por telefone. Na conversa, primeiro pediu desculpas à presidente do STF e disse que a respeitava e admirava pelo trabalho à frente do Judiciário.
Depois, disse que suas declarações têm de ser vistas como uma defesa do Legislativo, na mesma linha do que fez Cármen Lúcia ao rebater as críticas dele, defendendo o Judiciário.
Durante a conversa, o presidente do Senado disse ainda ter sido mal interpretado em suas declarações. Ele disse que não era seu objetivo fazer ataques pessoais nem ao Judiciário como um todo, mas a uma decisão que, em sua opinião, era ilegal.
“JUIZECO” – O presidente do Senado se referia ao fato de ter condenou publicamente a decisão de um juiz da primeira instância, que autorizou a Operação Métis, prendendo quatro policiais do Legislativo sob acusação de estarem criando “embaraços” à Lava Jato. Renan Calheiros chegou a chamar de “juizeco” o juiz que autorizou a medida, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal.
Nesta quinta-feira, em linha com o que defendia Renan Calheiros, o ministro do STF Teori Zavascki mandou suspender a Operação Métis por avaliar que ela precisava de autorização do Supremo por envolver, indiretamente, senadores.
Renan e Cármen Lúcia vão participar hoje de reunião no Itamaraty para discutir segurança pública. A reunião foi organizada pelo presidente Michel Temer a partir de sugestão da presidente do STF para tentar elaborar um plano conjunto de Executivo, Judiciário e Legislativo para a segurança pública.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se não tivesse pedido desculpas, Renan se arriscaria a sofrer algum constrangimento ao cumprimentar Cármen Lúcia. Resta saber se pediu desculpas também ao ministro da Justiça Alexandre de Moraes, a quem chamou de “chefete de polícia”, pelo fato de ter sido secretário estadual de Segurança no governo de São Paulo. Os dois vão se cruzar na reunião. Veremos se o cinismo vai prevalecer e irão se cumprimentar. Aliás, a tal reunião não vai decidir nada, só serve para confraternização, num momento em que todos deveriam estar trabalhando(C.N.)


29 de outubro de 2016
Valdo Cruz
Folha

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