"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

NÃO ESCAPA NINGUÉM...

MACHADO RELATA PROPINA A POLÍTICOS DO PT, PCDOB E PSB
JANDIRA, LUIZ SÉRGIO, HERÁCLITO E VACCAREZZA: R$1,5 MILHÃO


JANDIRA, LUIZ SÉRGIO, HERÁCLITO E VACCAREZZA TERIAM RECEBIDO R$ 2 MILHÕES


Em delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse ao Ministério Público Federal que, além de abastecer as contas do PMDB, a propina que foi desviada da estatal também serviu para financiar campanhas de políticos de outros partidos: os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Heráclito Fortes (PSB-PI), Luiz Sérgio (PT-RJ) e Candido Vaccarezza (PT-SP).

Machado afirmou que Jandira recebeu R$ 100 mil, Luiz Sérgio, R$ 400 mil, e Vaccarezza e Heráclito, R$ 500 mil cada um. Disse ainda que o valor acordado com o deputado do PSB era, inicialmente, de R$ 1 milhão, mas que metade do valor não foi paga, embora o parlamentar tenha cobrado insistentemente o restante da propina durante as eleições de 2014.

O delator disse que dependia de Heráclito, então presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, para conseguir implementar um programa de modernização e expansão da frota de navios da Transpetro iniciado em 2006. O parlamentar, na época, exigiu propina para aprovar na Casa o aumento do limite de endividamento da estatal, medida que garantia a continuidade do projeto.

No Congresso, Machado defendia o chamado Promef, de modernização dos navios, como um programa estratégico para o Brasil e que teria o potencial de recriar a indústria naval no País. Interessado, Vaccarezza teria procurado o delator diversas vezes para demonstrar apoio à Transpetro, articulando inclusive com outros deputados reuniões para discutir o assunto.

Nas eleições de 2010, após as reuniões, o deputado finalmente pediu apoio a Machado, que concordou em ajudá-lo. Os valores teriam sido pagos por meio de uma doação oficial ao diretório do PT em São Paulo feita pela Camargo Corrêa, que tinha negócios com a Transpetro e teria sido comunicada previamente como deveria repassar o dinheiro.

O mesmo teria acontecido com a Queiroz Galvão ao efetuar repasses a Jandira e Luiz Sérgio. Ambos são citados na delação como deputados que sempre defenderam a indústria naval e os interesses da Transpetro no Congresso. Machado disse que, em épocas de eleição, eles o procuravam pessoalmente para pedir apoio e eram convidados à sede da estatal para discutir como os repasses seriam feitos.



16 de junho de 2016
diário do poder

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