"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

LAVA JATO COMEÇA A CERCAR SÉRGIO CABRAL, UM DOS MAIORES GATUNOS DA POLÍTICA



Fotomontagem reproduzida do Arquivo Google













A Odebrecht afirmou a procuradores da Lava Jato, em tratativas para negociar sua delação premiada, que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. 
Segundo a Folha apurou, o executivo responsável por detalhar o que chama de “contribuição” a Cabral é Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor-presidente da construtora que foi preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Funcionário há mais de 30 anos da Odebrecht, Silva Júnior apareceu em mensagens recuperadas do celular do ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, preso há mais de um ano. 
Segundo as apurações, era o ex-executivo que fazia os contatos políticos em nome da empreiteira.
OUTRAS OBRAS – Pessoas com acesso às investigações relataram à Folha que Silva Júnior deve incluir outras obras, além do metrô do Rio e do Maracanã, na conta de Cabral, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Além disso, vai dizer que o ex-governador tinha como regra cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras.
O nome de Cabral já havia aparecido em planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal, em março, na casa do próprio Silva Júnior. 
Os documentos indicariam que o ex-governador teria sido beneficiário de R$ 2,5 milhões em propina pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô do Rio.
CUSTO AUMENTADO – Já a reforma do Maracanã, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1,2 bilhão. 
As informações sobre Cabral fazem parte do roteiro que a Odebrecht tem feito a investigadores da Lava Jato na tentativa de firmar um acordo de delação premiada.
Os relatos da Odebrecht sobre a reforma do Maracanã coincidem com os de dois ex-executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. 
No final de março, também em delação premiada, Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo afirmaram aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato que Cabral exigiu 5% do valor total do contrato para permitir que a empresa se associasse à Odebrecht e à Delta no consórcio para a reforma do estádio.
Eles disseram que, naquela época, em 2009, havia um acerto informal para que as empresas disputassem o consórcio e Nora Sá chegou, inclusive, a se reunir com Benedicto Júnior, da Odebrecht, para discutir o assunto.
DELTA TEVE DE SAIR – Em 2012, a Delta deixou o negócio depois que a Polícia Federal começou a investigar seu envolvimento no esquema de corrupção de Carlinhos Cachoeira. A parte da Delta nas obras foi então absorvida pela Odebrecht.
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) disse, por meio de nota enviada pela sua assessoria, que manteve “relações institucionais” com a Odebrecht e que manifesta “indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”.
Segundo Cabral, sua gestão foi pautada “pela autonomia dos secretários nas suas respectivas pastas, assim como nos órgãos, autarquias, empresas e institutos subordinados às secretarias”. A Odebrecht não se manifestou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 


Cabral é um dos maiores gatunos da política brasileira. Sua impunidade é fruto de sua esperteza, ao destinar 20% da propina ao Tribunal de Contas do Estado, que nunca encontrava erros em suas prestações e nas obras. 
Em qualquer país civilizado, Cabral já estaria usando algemas, junto com sua turma do guardanapo. (C.N.)

22 de junho de 2016
Marina Dias e Bela Megale
Folha

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