"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de maio de 2016

ORDEM AVALIA APELAR À JUSTIÇA PARA DEMITIR MINISTROS INVESTIGADOS

OAB QUER A DEMISSÃO DE MINISTROS INVESTIGADOS NA LAVA JATO

CLAUDIO LAMACHIA.

Políticos investigados pela operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobrás, não podem chefiar ministérios do governo Michel Temer, por isso o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, considera apelar à Justiça para demiti-los. “Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em nota.

Os ministros Romero Juca (Planejamento), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Governo), por exemplo, são investigados ou foram citados nas investigações da Lava Jato. Agora estão protegidos por foro privilegiado.

O ex-diretor da Petrobras e delator Paulo Roberto Costa disse ter negociado com Jucá apoio para sua permanência no cargo em troca de propinas ao PMDB. Henrique Alves é suspeito de receber propina por meio de doações eleitorais de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

“No futuro, se necessário, a Ordem avaliará o uso dos instrumentos jurídicos cabíveis para requerer o afastamento das funções públicas dos ministros que se tornarem réus. Foi com base nesse entendimento que a OAB pediu o afastamento do deputado Eduardo Cunha e do então senador Delcídio do Amaral.”

Lamachia diz na nota que “todos os cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal.” Entretanto, aponta que o ministério “precisa estar acima de qualquer suspeita.”

“Os investigados devem poder se defender sem, para isso, comprometer a credibilidade dos ministérios.”

Para o presidente da OAB, é preciso que Temer faça de seu governo “um exemplo ético” para “validar a legitimidade.”

“Considero que o novo governo, alçado ao poder pela via constitucional e não pela via eleitoral, precisa ser um exemplo ético para poder atender aos anseios da sociedade e validar sua legitimidade.”

“A OAB torce pelo sucesso do Brasil. Por isso, cobrará que, diferentemente do anunciado, o novo ministério não seja composto por pessoas sobre as quais pesem dúvidas”, diz Lamachia na nota.



15 de maio de 2016
diário do poder

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