ACUSADOS EDUARDO BRAGA E OMAR AZIZ (AM), ARRUDA E AGNELO (DF)
Além de revelarem pagamento de propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, equivalente a 5% de cada obra, como a reforma de R$1,2 bilhão do Maracanã, ex-executivos da Andrade Gutierrez contaram em depoimento sob delação premiada, na Lava Jato, que pagaram propina também aos ex-governadores do Amazonas e atuais senadores Eduardo Braga (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma, e Omar Aziz (PSD), além dos ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) e Agnelo Queiroz (PT), na obra do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Os ex-executivos Clóvis Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá contaram haver pago propina aos ex-governadores do Amazonas Eduardo Braga e Omar Aziz, de 10% sobre o valor de cada obra. E Braga fazia ameaças se houvesse atraso no pagamento. "Ele era jogo duro", afirmou. EduardoBraga teria recebido entre R$ 20 e R$ 30 milhões, segundo estimativa de Sá.
Ao detalhar a licitação da Arena da Amazônia, Primo disse ter se encontrado, em hotel em Brasília, com o sucessor de Braga no governo do estado, o senador Omar Aziz, tentando negociar redução da propina, mas disse que, após fazer "um grande teatro" e ter se exaltado, Aziz aceitou a redução para 5% do valor das obras.
Segundo Sá, em outra reunião, em São Paulo, Omar Aziz pediu propina de R$ 20 milhões à construtora. A delação informa que Omar Aziz teria inclusive sugerido que a construtora executasse algum serviço de medição de terraplanagem e embutisse o valor.
O total pago pela Andrade Gutierrez a Aziz somou cerca de R$ 18 milhões, segundo Sá, e teriam sido feitos pelo menos até setembro de 2011.
A Procuradoria-Geral da República ainda não pediu abertura de inquérito para investigar os dois senadores.
Eduardo Braga afirmou, por meio de nota, que a denúncia é "absurda" e que está indignado e se sentindo ofendido com as acusações.
O senador Omar Aziz afirmou que é alvo de "retaliação" da Andrade Gutierrez por não aceitar aditivos de "mais de R$ 1 bilhão" ao valor da obra da Arena da Amazônia. O senador disse ainda que as doações de campanha que recebeu foram declaradas à Justiça Eleitoral. "Agi com transparência e não me surpreende saber que estou sendo alvo de retaliação da Andrade Gutierrez. Todas as doações de minhas campanhas foram declaradas à justiça eleitoral", afirmou.
15 de maio de 2016
diário do poder
EDUARDO BRAGA COM OMAR AZIZ, AMBOS DO AMAZONAS, ARRUDA E LULA COM AGNELO QUEIROZ, DO DF. |
Além de revelarem pagamento de propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, equivalente a 5% de cada obra, como a reforma de R$1,2 bilhão do Maracanã, ex-executivos da Andrade Gutierrez contaram em depoimento sob delação premiada, na Lava Jato, que pagaram propina também aos ex-governadores do Amazonas e atuais senadores Eduardo Braga (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma, e Omar Aziz (PSD), além dos ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) e Agnelo Queiroz (PT), na obra do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Os ex-executivos Clóvis Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá contaram haver pago propina aos ex-governadores do Amazonas Eduardo Braga e Omar Aziz, de 10% sobre o valor de cada obra. E Braga fazia ameaças se houvesse atraso no pagamento. "Ele era jogo duro", afirmou. EduardoBraga teria recebido entre R$ 20 e R$ 30 milhões, segundo estimativa de Sá.
Ao detalhar a licitação da Arena da Amazônia, Primo disse ter se encontrado, em hotel em Brasília, com o sucessor de Braga no governo do estado, o senador Omar Aziz, tentando negociar redução da propina, mas disse que, após fazer "um grande teatro" e ter se exaltado, Aziz aceitou a redução para 5% do valor das obras.
Segundo Sá, em outra reunião, em São Paulo, Omar Aziz pediu propina de R$ 20 milhões à construtora. A delação informa que Omar Aziz teria inclusive sugerido que a construtora executasse algum serviço de medição de terraplanagem e embutisse o valor.
O total pago pela Andrade Gutierrez a Aziz somou cerca de R$ 18 milhões, segundo Sá, e teriam sido feitos pelo menos até setembro de 2011.
A Procuradoria-Geral da República ainda não pediu abertura de inquérito para investigar os dois senadores.
Eduardo Braga afirmou, por meio de nota, que a denúncia é "absurda" e que está indignado e se sentindo ofendido com as acusações.
O senador Omar Aziz afirmou que é alvo de "retaliação" da Andrade Gutierrez por não aceitar aditivos de "mais de R$ 1 bilhão" ao valor da obra da Arena da Amazônia. O senador disse ainda que as doações de campanha que recebeu foram declaradas à Justiça Eleitoral. "Agi com transparência e não me surpreende saber que estou sendo alvo de retaliação da Andrade Gutierrez. Todas as doações de minhas campanhas foram declaradas à justiça eleitoral", afirmou.
15 de maio de 2016
diário do poder
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