"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

SENADO PEDE QUE MINISTRO EXPLIQUE AS AMEAÇAS À POLÍCIA FEDERAL



Eugênio Aragão em entrevista em seu gabinete
Aragão ameaçou afastar equipes da PF mesmo sem ter provas


















A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou requerimento no qual convida o ministro Eugênio Aragão (Justiça) a dar explicações sobre afirmações de possíveis substituições na Polícia Federal em caso de vazamentos. A fala ocorreu em entrevista à Folha em 19 de março, um dia após o ministro tomar posse no governo. “Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão”.
A declaração, vista como um recado, gerou uma série de reações, inclusive no Congresso. Parlamentares da oposição disseram, naquela semana, que o ministro estaria “ameaçando” e tentando “intimidar” o trabalho da PF.
INTERVENÇÃO?
A intenção do convite, explica o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), é esclarecer o que Aragão quis dizer. Para o parlamentar, as afirmações configuram “ameaças de intervenção” e indicam uma tentativa de “esvaziamento da Operação Lava Jato”.
Durante a entrevista, o ministro negou a intenção de influenciar na Lava Jato, da qual a PF é parte central, mas criticou o método como as delações premiadas são negociadas na operação, classificando como “extorsão”.

01 de abril de 2016
Deu na Folha

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